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09/07/2018

Estado empreendedor (105) - o aeroporto que só abria, abre ou abrirá aos domingos (9)

[Continuação de outras aterragens: aquiaqui, aqui, aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui e aqui]

Recapitulação

Ao princípio era o verbo do Eng. José Sócrates: mais de um milhão de passageiros até 2015 e o investimento seria recuperado nos 10 anos seguintes. Era o multiplicador socialista a funcionar de acordo com o estudo «Plano Regional de Inovação do Alentejo» da autoria de Augusto Mateus – um ex-ministro socialista da Economia do 1.º governo de Guterres que nos últimos tempos tem tentado sacudir a água do capote dos seus estudos «multiplicativos».

Novos desenvolvimentos


No primeiro semestre deste ano o número de passageiros atingiu a soma astronómica de 29 (vinte e nove), um pouco mais de um por semana.

Isso não impediu o ministro do Planeamento e das Infraestruturas do actual governo, como que encarnando um ministro do governo de Sócrates e provando que há mais vida para além da realidade, de pensar o aeroporto de Beja a 200 km como alternativa para aliviar a Portela que rebenta pelas costuras.

Talvez, apesar de continuar a achar que o melhor destino seria o que em tempos foi pensado: «unidade de desmantelamento de aviões».

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando foi a estória do aeroporto em Ota — o local perto de onde se registaram a quase totalidade dos acidentes mortais da Força Aérea — e mais a estória do TGV, levou a mostrar-se, comparando Portela e Málaga, que o aeroporto de Málaga, a idêntica distância do centro da cidade e só com uma pista, tinha o dobro de movimento de pessoas do que a Portela (com duas pistas).
Málaga continua a ser o centro aéreo para o turismo do sul de España. e continua a dar conta do recado sem TGV.
Aliás, o sistema TGV está classificado, internacionalmente, como um negócio ruinoso — só dá prejuzos.
Beja foi outra aldrabice. Talvez para 'compensar' a retirada das forças alemãs com o fim da guerra fria, bem como o conto de embalar dos shuttles.

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