Summary for the sake of
In the second anniversary of Mr. Durão Barroso’s government, what can we say? It could be better, it could be worse. It could be better, if government happen to have more guts. It could be worse, if Mr. Guterres’ disgraceful government happen to be in office still.
Secção Entradas de leão e saídas de sendeiro
O governo do doutor Durão Barroso faz hoje dois anos. Faz igualmente dois anos que terminou formalmente o consolado do engenheiro Guterrres, a quem devemos a demonstração que é possível não governar durante 6-anos-6.
Pode-se avaliar a governação do doutor Durão Barroso de diferentes pontos de vista, a saber:
Comparando-a com a não-governação do engenheiro Guterres – é uma comparação desonesta mas, se a fizermos, o governo do doutor Durão Barroso está a ser um sucesso;
Comparando-a com o que gostaríamos que fosse – depende; por mim dava-lhe um medíocre; um adepto do anterior governo deveria dar-lhe um bom menos;
Comparando-a com o programa de governo – poucos o leram e, desses, quase todos o esqueceram.
Apesar da mediocridade da sua acção, há algumas pequenas coisas que temos que levar a seu crédito, tais como:
+ Uma abordagem mais assertiva e voluntarista à governação – parece um aspecto menor, mas não acho que seja, afinal «governar é descontentar» escreveu Anatole France;
+ Um controlo limitado do défice – só pode criticar a insuficiência das medidas quem, como eu, defende uma desparasitação da vaca marsupial pública; a esquerdalhada que sustenta que o papel do governo é dar emprego, deveria meter a viola no saco;
+ Algumas medidas tímidas para racionalizar a administração pública – idem;
+ A reforma bem sucedida de algumas EP’s – a RTP e a TAP (leve-se a crédito do doutor Coelho ter contratado um equipa capaz)
+ O toque rectal no império sem fronteiras dos médicos - genéricos e hospitais SA;
+ Reforma da segurança social – a alteração do regime de pensões adiou a falência do sistema por mais uns anos;
+ Reforma da legislação laboral – uma ligeira lubrificação das dinossáuricas leis do trabalho;
+ Uma mitigação do desbragamento no financiamento do ensino superior – não se ter ajoelhado perante os lóbis universitários e maninfestações da canalha estudantil (que, num mês, gasta em gasolina as propinas dum ano) não é uma coisa menor neste país de songamongas.
Tudo o resto, incluindo as múltiplas ejaculações dos órgãos legislativos, é coisa para esquecer, garantindo a continuidade dos descalabros guterristas.
Não vale dizer que não se avançou na convergência real, porque isso depende quase tanto do governo como a meteorologia – a única coisa que se pode fazer é ter um tecto para nos abrigar do mau tempo.
Em suma, é o governo possível no país possível.
Por tudo isto, merece o governo 2 afonsos, 3 urracas, 4 pilatos e um número indeterminado de chateuabriands. Na segunda parte do mandato arrisca-se apanhar só com bourbons e ignóbeis.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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