Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

02/04/2004

AVALIAÇÃO CONTÍNUA / CONTINUOUS APPRAISAL: Esperar e falar não custa. Custa é meter a mão no saco dos lacraus. / Domestic affairs.

Summary for the sake of
Domestic affairs.

Secção Insultos à inteligência
«Os 31 hospitais-empresa realizaram mais 16,3 por cento de cirurgias, mais 9,3 por cento de consultas externas e os seus custos aumentaram, em termos contabilísticos, "apenas 3,9 por cento", no ano passado comparativamente com 2002. A produtividade cresceu 5,1 por cento, de 17,1 para 18 doentes tratados por colaborador», escreveu o Público.
Qual o título adequado para uma notícia destas? «Hospitais-empresa gastaram mais 75 milhões em 2003», evidentemente.
O anterior ministro da Saúde doutor Correia de Campos diz ao Público que «estava à espera de melhores resultados. Estes hospitais estavam folgados, tinham gente a mais e capacidade de produção não aproveitada
Esqueceu-se de acrescentar que esses hospitais tinham os problemas que ele e a sua colega doutora Maria de Belém lá deixaram, durante 6 anos que durou a paixão do engenheiro Guterres pela Saúde.
Três ignóbeis para premiar o profissionalismo e objectividade do Público e quatro chateaubriands para premiar a dificuldade do doutor Correia de Campos perceber que «estar à espera de melhores resultados» do seu sucessor é admitir a inutilidade dos dois anos que por lá passou.

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