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04/10/2003

Diário de Bordo: com amigos destes não preciso de inimigos e o que me vale é a patroa.

Vou esta manhã jogar ténis com uma galifão amigo e ele pica-me para dar com o pau na Doutora Amélia, que estava mesmo a pedi-las, disse.
Volto para casa e telefonam-me outros galifões tomando as dores de mais um coitado que a Doutora Amélia resolveu hoje humilhar, alongando a lista de abrunhos, reais ou imaginários, que a Doutora se tem esforçado por achincalhar regularmente. Desta vez calhou a sorte ao desgraçado Armando de Torres Vedras, que a Doutora Amélia confronta com o pentâmetro jâmbico shaskespeareano.
Até a minha amiga Doutora Ana, que queimou o sutiã em Paris em 1968 e lá procurou la plage sous le pavé, me diz que isso não se faz, nem mesmo a um homem.
Encurralado por esta matilha amigável, quase que me dispus a tratar mal a Doutora, levemente indignado por ela estar a bater em mortos, como diziam os jovens galifões da minha geração, quando davam porrada nuns queques merdosos que nem cara tinham para apanhar.
Felizmente que a minha patroa, Doutora Laura, com o seu imenso bom senso, me chama à realidade: “ó filho, não reajas assim, sê compreensivo, é uma mulher mal amada, afinal não és tu que dizes que quem se deita com cães, amanhece com pulgas”.
E pronto. Voltei às Teses sobre O Pipi.

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