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07/10/2003

Estórias e morais – Hasta la vista, baby.

A estória ...
Arnold Schwarzenegger foi várias vezes Mister Universo. Apesar do seu aspecto um bocado bruto, ou por isso mesmo, tem feito uma carreira no cinema gerida inteligentemente e com bastante sucesso. Começou com uns filmezecos já esquecidos, até ao primeiro êxito, com Conan, o Bárbaro. Continuou com os Terminators, passando pela monumental paródia do Last Action Hero. Protagonizou dezenas de filmes e até produziu e dirigiu alguns, evidenciando em vários um notável sentido de humor.
Tem ganho imenso dinheiro e nunca recebeu um chavo de subsídios. De caminho casou com uma Kennedy.
Por tudo isso, o Arnold tem o suficiente para atrair os ódios de estimação de intelectuais raquíticos e invejosos que vivem à sombra dos subsídios dos contribuintes, a produzir xaropadas que só outros intelectuais raquíticos e invejosos se dão ao trabalho de ver ou ler ou escutar, conforme o caso.
Está hoje em curso na Califórnia a votação para destituição do governador democrata Gray Davis. Se for aprovada a destituição, o candidato melhor colocado é o Arnold.
Mostrando que não é nenhum parvo, Arnold nomeou como conselheiro económico principal Warren Buffett, conhecido, não por acaso, como o Sage of Omaha, o maior accionista e CEO da Berkshire Hathaway, considerada uma das melhores sociedades de investimentos em todo o mundo, que acabou de anunciar 2.200 milhões de USD de lucros no 2º trimestre - o equivalente a 2% do PIB português, para que conste. O Sage foi dos poucos investidores que percebeu desde o princípio que não havia nova nem velha economia, havia simplesmente economia. Isso enquanto as luminárias financeiras se babavam perante a árvore virtual das patacas.
Para o Arnold ter o perfil ideal só faltava verificar as suas credenciais como galifão e marialva. Ora bem, o Arnold acaba de atingir os mínimos nas difíceis prova: já apareceram 15-mulheres-15 a queixarem-se de assédio nos últimos trinta anos.
Apesar da média ser baixa (1 assédio cada 24 meses), não dando para os mínimos do Pipi, é já é alguma coisa.
Mas, infelizmente, manda a prudência dizer que mesmo essa magra média é duvidosamente verdadeira, porque só os jornais infiltrados pela esquerdalhada lá do sítio (Los Angeles Times, Washington Post, The New York Times) é que falam disso. Nenhum dos verdadeiros especialistas, isto é os tablóides de supermercado fala das performances do Arnold.
... e a moral é ...
Hasta la vista, Baby.

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