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Até porque só desta forma será possível acabar com a segunda causa da crise social-democrata: o enquadramento institucional. Com a excepção das eleições directas, o PSD continua organizado como nos anos oitenta. Distritais, concelhias, secções… Tudo com as suas lógicas de poder e caciquismo locais. Nada interessante para as novas gerações habituadas a conviver com o mundo digital e organizações mais horizontais. O PSD não é um partido moderno. Nem na sua organização, nem nas causas políticas que defende.
Este é um momento particularmente sério na vida do PSD. Pode ser a sua última oportunidade, antes de entrar num processo de declínio irreversível. As instituições também acabam. A bola está do lado das figuras do partido. Mesmo sendo uma causa dos problemas, desta vez terão de fazer parte da solução. Menezes tem tudo minado e o prazo para arranjar uma alternativa é curto. Ainda assim, isto não pode ser desculpa para a incapacidade de encontrar uma solução séria, que acalme o partido, o credibilize e permita o início das mudanças estruturais. Se isto não aparecer, então o papel do PSD no actual sistema democrático está em xeque.»
(Bruno Proença, no Diário Económico de hoje)
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