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14/04/2008

SERVIÇO PÚBLICO: As coisas não estão tão mal que não possam ainda piorar

Também convém lembrar que enquanto o PIB per capita em unidades de poder de compra (u.p.c.) em 2006 (últimos dados disponíveis do Eurostat) era em Portugal de 75% da média europeia, o mais baixo da zona euro e em queda nos últimos anos, a Espanha e, já agora, a Grécia (que durante anos disputou com Portugal a lanterna vermelha) tinham um PIB per capita em u.p.c. praticamente igual ao da média.

Não queria falar da Irlanda que há 20 anos estava ao nível de Portugal, não tinha uma única auto-estrada (Portugal arrisca-se a ser o campeão das auto-estradas no final do ciclo socrático do betão), e agora tem uma centena de kms de auto-estradas e um PIB per capita em u.p.c. que é 1,5 da média europeia, ou seja o dobro do português. Já que já falei da Irlanda, sempre acrescento que as coisas não melhoram quando, em vez do PIB, se toma por base da comparação o Produto Nacional Bruto (PNB), que é o produto criado por nacionais, residentes ou não residentes, apesar de quem defende que uma parte significativa da rendimentos gerados na Irlanda são repatriados. Foi o que há tempos Miguel Frasquilho demonstrou em dois artigos publicados no Jornal de Negócios: «A realidade do PNB escondida pelo PIB» (I) e (II).

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