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05/04/2007

ESTÓRIA E MORAL: ainda as trapalhadas do diploma

Estória

As trapalhadas do diploma do engenheiro (ou licenciado em engenharia ou who cares) José Sócrates vieram para ficar. Desta vez é a alegada licenciatura num já célebre domingo ter tido lugar num ano (1996) em que a universidade Independente não recenseou nenhuma licenciatura, como explica o Público.

Nesta estória o importante não é o homem ter ou não ter diploma. Principalmente não é importante ter um diploma pela universidade Independente. O que pode ser importante é se o homem tem ou não um diploma fraudulento e se mentiu ou não e se continua a mentir ou não. Se (um se cada vez mais pequeno) o que parece é, o homem não terá carácter, nem vergonha. Nem diploma, claro.

Nesta estória, também pode ser importante a despesa da investigação ou pelo menos da divulgação, que tem estado praticamente só a cargo do Público, se ter iniciado após o desfecho da OPA, apesar dos factos já serem conhecidos em certos meios há muitos meses. É claro que mesmo se (um se de tamanho médio) admitirmos que o Público está a fazer um frete ao seu accionista, ou jornalismo de causas, isso não deve fazer esquecer que está também a prestar um serviço público ao divulgar informação relevante para avaliar o carácter (e não a escolaridade) do político que é primeiro ministro.

Moral

Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.

Nota: esta moral é talvez premonitária, mas ninguém pode garantir.

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