- «O rei D. Afonso, por ter batido na mãe» (um estudante de 23 anos que ainda não largou a saia da mãe)
- «Salazar. Dirigia um regime autoritário e deixava que o povo vivesse em condições degradantes» (uma professora de 26 anos a pensar nas manifs dos profs)
- «O Pinto da Costa, porque não olha a meios para atingir os fins» (outro estudante de 23 anos, presumivelmente mouro)
Os portugueses amam (o respeitinho é muito bonito) e odeiam, alternadamente, consoante a situação e o grau de enrascanço, as figuras públicas que sentem que mandam. Nas vacas gordas tendem a odiar. Nos períodos de transição, geralmente caracterizados por grandes maninfestações e outras trapalhadas, dividem-se. Uns suspirando uns pelo regresso da mão firme e outros pela baderna final, que no caso da esquerdalhada deveria culminar com a tomada do nosso modesto palácio de inverno. Ao realizarem, com 2 ou 3 anos de atraso, a chegada das vacas magras, aceitam com mansidão, rosnando baixinho, ser pastoreados até aos amanhãs que um dia cantarão.
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