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12/12/2005

SERVIÇO PÚBLICO: as pirâmides do estado napoleónico-estalinista (5) - o factor 7

Por falar dos tais 7% de margem para contingência no projecto da Ota, alguém se lembra que o custo da ampliação do aeroporto das Pedras Rubras, orçamentado em 45 milhões de euros, inchou 7 vezes subindo para o estratosférico valor de 300 milhões de euros (cá está o factor 7 = 300:45).

Contudo, o factor 7 não tem aplicação universal. É o caso dos encargos do Estado com as SCUTs que, segundo o Tribunal de Contas, vão ser superiores a 17 mil milhões de Euros, mas já ninguém se lembra da estimativa inicial.

Para se ter uma ideia do que pode significar empenhar as pratas da família para ter um aeroporto que custará n vezes a estimativa inicial e durará 20 ou 30 anos, ponham-se as coisas neste contexto:

(Semanário Económico)

Nota:
Este post é uma sequela da série «Há vida para além da Ota», ampliada com outras pirâmides: o TGV, a refinaria de Sines, e as que a estratégia socrática do mais do mesmo ainda pode inventar. Anteriores episódios, por ordem cronográfica inversa:

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