«Está numa comunicação de João Filipe de Matos, um dos dirigentes do Centro de Investigação em Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e director da sua "Revista de Educação". Este académico, responsável pela formação de professores, parte de um princípio claro, recorrendo a uma citação: «nas sociedades capitalistas, a escola justifica e produz desigualdades». Por isso, defende que - e cito para que não restem dúvidas - "a disciplina de matemática deve ser urgentemente eliminada dos currículos do ensino básico". Matos prefere que se ensine - volto a citar - "educação matemática". Ou seja, o professor tem uma religião e quer impô-la. E o seu mandamento é que nada se deve ensinar, salvo ensinar a aprender.Só pode ser imaginação do jornalista Henrique Monteiro ("Quem nos liberta desta cruz?", Expresso de 10-12). Não há ninguém tão idiota que escreva uma comunicação dessas. Mesmo sendo um académico. Pois não?
O mesmo responsável dá exemplos delirantes. Se o casal Silva quer ir do Campo Grande ao Parque das Nações, com os seus dois filhos, e a viagem de autocarro custa um euro por bilhete, quanto irá pagar?
Ora a resposta normal seria quatro euros. Mas isso é matemática antiga, cheia de mitos a que Matos quer pôr um fim. Ao cabo de vários argumentos sociais, ecológicos e políticos, Matos acha que quatro é muito, porque deveria haver desconto.
Eu sei que para a maioria dos leitores o professor Matos parece fruto da minha imaginação. Mas não é.»
Cinco chateaubriand não chegariam para premiar tais besteiras, se é que o professor Matos não é uma criação do jornalista, caso em que este levaria com cinco ignóbeis pela sua perversidade.
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