«Mas, entretanto, no Metro de Londres e a 7 de Julho, a Al Khaeda matou politicamente Mário Soares. O que então disse e depois repetiu, demonstram que Mário Soares se infantilizou para esconder a respeitabilidade que lhe devemos pelos seus oitenta anos de idade. Mário Soares já não tem a idade para ser esquerdista, um esquerdista irresponsável do género bloquista, porque lhe falta - lei da vida - a margem do tempo para ganhar experiência, maturidade e bom senso que, mais tarde, equilibre os desequilíbrios das “verduras”. ...(Encontrado aqui, no Água Lisa (3), um blogue surpreendente)
O que Mário Soares disse, e repetiu, sobre o terrorismo, é plenamente aceitável como opinião individual ou mesmo na qualidade de opinion maker. É espantoso e irresponsável mas é legítimo como opinião. Mas Soares colocou-se além das margens do sistema de defesa das democracias e, por isso, irrecuperável para desempenhar um papel institucional e, muito menos, voltar ao cargo de Supremo Magistrado da Nação.
O drama do terrorismo, pela sua eficácia e poder corruptor, obrigou a colocar-nos acima (se preferirem, ao lado) da divisão esquerda/direita. Porque, com a morte da civilização, também as ideologias e separações de visão social, iriam na enxurrada. Cedendo à Al Khaeda de que adiantaria ser-se de esquerda? Nada, penso eu. Neste sentido, vejo Soares como um candidato inútil para a esquerda. Por assim pensar, nunca terá o meu voto (agora, nem com a mão a tapar-lhe o retrato). Um voto apenas, mas um voto. Que será contra Mário Soares e o abdicacionismo que ele representaria, se se candidatasse.»
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
12/11/2005
BLOGARIDADES: um voto contra o abdicacionismo
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