Não vou discutir a bondade teórica dos impostos sobre a riqueza contra os impostos sobre os rendimentos. Uns e outros são meios que estado napoleónico-estalinista usa para extorquir dinheiro aos cidadãos com os mais diversos pretextos. A escolha de uns ou de outros releva mais de considerações de eficiência fiscal, do que de equidade ou mesmo de eficiência económica. Mas um imposto sobre as grandes (ou as médias ou as pequenas) fortunas é, em si mesmo, uma iniquidade assente na discriminação dos «ricos» - é o estado robin dos bosques, versão anacleta.
E quem são os «ricos»? Segundo os bloquistas, serão aqueles «cuja fortuna seja superior a 2500 salários mínimos nacionais», isto é 963.750 euros. A «fortuna» versão anacleta abrange os valores mobiliários e imobiliários, meios de transporte e todos os bens e valores que não sejam expressamente excluídos. O projecto considera explicitamente como fazendo parte da «fortuna»:
- os planos poupança-reforma (quaisquer outra aplicações em fundos de pensões privados ficarão abrangidas pelos «valores mobiliários»)
- os «créditos de toda a natureza» (o que em tese poderia incluir os direitos às pensões futuras).
Releia-se, a propósito, este meu post, escrito por ocasião duma fornada de 1.000 novos «aposentados e reformados», utentes das tetas da vaca marsupial pública.
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