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06/09/2004

ARTIGO DEFUNTO: O manómetro do Expresso. (RECTIFICADO)

Não são os únicos, mas isso não faz deles mais inocentes do que os outros. À pergunta no site do Expresso
«Acha que a vinda do chamado «Barco do Aborto» a Portugal pode ser positiva - por relançar o debate sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez - ou negativa - por incitar ao incumprimento da actual lei?»
responderam pela «positiva» 134 indígenas e pela «negativa» 80 aborígenes.
A coisa costuma ser publicada todas as semanas no 1º caderno, com grandes ares de seriedade. Mas o que significam as respostas a um inquérito a que responde quem escolhe responder, através dum meio a que tem acesso uma minoria?
Não é preciso ser um expert na teoria das amostragens e na prática das sondagens para perceber. Um argumentum ad absurdum chega para abortar, pela positiva, a tentativa de manipulação deste barómetro, que sendo manipulativo é mais um manómetro. Imagine-se que a pergunta era: «Tem acesso à Internet?». Qual seria a distribuição das respostas?

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