«Portugal entende que cabe às Nações Unidas dar um contributo decisivo na articulação de uma estratégia global de combate ao terrorismo. E de uma estratégia que tenha em conta não só as respostas óbvias de natureza securitária, mas também outros elementos potencialmente geradores de violência.Acredita o doutor Santana Lopes no que disse ou está apenas a dizer coisas que supõe (e são) populares? Apesar de tudo, esta segunda hipótese seria mais benigna e bastante em linha com as coisas que tem dito a propósito de tudo e de nada. Alguns exemplos: a «deslocalização», o aborto, a refinaria de Matosinhos, o aumento dos funcionários públicos, a redução dos impostos, etc. (um etc. muito grande). É de facto melhor pensar que o doutor Lopes, sempre com um olho nas audiências, não resistiu à tentação de se fazer aplaudir - e a audiência, neste caso, tem uma maioria qualificada de títeres que representam ditaduras ou «democracias» limitadas ou «musculadas».
«Israel e a Palestina terão de coexistir em paz e segurança dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas e sem divisões artificiais»
«A fome e a pobreza geram desespero e colocam muitos seres humanos à mercê de aliciamentos que conduzem à violência».
Na hipótese mais maligna de acreditar no que disse, terá consciência que isso significa uma mudança profunda na política internacional conduzida pelo governo Durão Barroso a que o seu seria suposto dar continuidade? Perceberá que este seu discurso poderia ser feito pelo doutor Ferro Rodrigues?
A sua tese das raízes do terrorismo (é disso que se trata quando, no seu linguajar, fala de violência), não tem nenhuma aderência aos factos conhecidos e poderia ser subscrita pelo doutor Carvalhas ou o professor Louçã.
O doutor Lopes tem um pensamento político ou é apenas um fenómeno mediático, uma espécie de entertainer?
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