Os teóricos da descentralização acreditam que o aproveitamento óptimo dos fundos comunitários de coesão seria alcançado com uma maior autonomia das regiões beneficiárias. As regiões que mais se aproximam desse modelo ideal são os Açores e o protectorado sob o domínio do Bokassa do Atlântico.
O doutor Lebre de Freitas, da Universidade de Aveiro, publicou no Semanário Económico de 27-08 (link não disponível), na sua coluna Revisão de Provas, um estudo com o título «Regiões», onde analisa a «contabilidade da coesão» no período 1990-2001 (há uma gralha no quadro que refere o período 1999-2001), concluindo:
«O facto de os Açores e a Madeira terem sido as regiões onde a produtividade do trabalho mais divergiu mostra que não basta ter autonomia para crescer mais depressa. Uma explicação possível para o mau desempenho das regiões autónomas... : o estatuto de ultra-periferia, conferindo aos governos regionais uma grande margem de manobra em matéria de apoio às empresas, pode actuar no sentido perverso. Os políticos serão tentados a dispersar os apoios por toda a economia sem olhar às falhas de mercado, gerando distorções no sistema de incentivos que resultam em baixa produtividade. Tal não significa que no Continente, onde os apoios às empresas estâo muito condicionados pelas regras do Mercado Único, uma maior descentralização tivesse resultado em pior desempenho económico.»Moral (Regra teórica)
Na teoria, a diferença entre a teoria e a prática é pequena. Na prática, a diferença entre a prática e a teoria é grande.
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