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24/07/2004

ARTIGO DEFUNTO: Lance, «mais tirânico do que nunca».

O anti-americanismo que contamina a França é visível, no campo do desporto, no ressabiamento a propósito do espírito de luta, da competitividade e da demonstração do génio de Lance Armstrong em cima das duas rodas. Esse ressabiamento é, ao mesmo tempo, um bom exemplo da cultura de perdedores que o proteccionismo e o colectivismo franceses segregam. Na economia, como na política, como no ciclismo,

Todos os dias podem encontrar-se inúmeros exemplos nos média gauleses. Escolho, quase ao acaso, um deles - o da Eurosport.fr. Eis um pequeno extracto da poção, que pode ser tomada integralmente aqui:
Plus tyrannique que jamais, Lance Armstrong ... décide également qui a le droit de s'échapper.
Vendredi, lors de la 18e étape du Tour de France, Lance Armstrong est passé du statut de souverain à celui de dictateur... le maillot jaune est sorti du peloton, en poursuite derrière les six échappés.
Si Armstrong est seul sur sa planète, il n'est pas seul dans le peloton. Il y a aussi des coureurs, certes beaucoup moins forts que lui, qui ont le droit de vivre et de rêver. Joly, Mercado, Flecha, Lotz, Fofonov et Garcia Acosta ont attaqué pour essayer de gagner une étape. Un sommet dans une carrière. Ces six-là avaient envie de faire la course, Armstrong a commis une faute en l'oubliant. En les rejoignant pour des motifs indifférents au déroulement de la course, Armstrong aurait pu condamner leur escapade en incitant le peloton à réagir. Il n'est pas exagéré de considérer cela comme un manque de respect de la part du Texan.

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