O importante para esta secção é a lenda. Corria o ano de 1554, num certo dia, numa breve parada, após longa, acelerada e extenuante caminhada para Reritiba à frente dos Tupis que lhe carregavam as trouxas, o Padre Anchieta deu-se conta que os índios, sentados sobre as suas tralhas se recusavam a recomeçar. Perguntando-lhes o porquê, explicaram-se os Tupis, com grande soma de pachorra, que na rapidez da caminhada a alma lhes tinha ficado para trás e tinham precisão de esperar por ela.«Manuel Alegre poderá candidatar-se a líder do PS», escreve o Público. É uma boa ideia. Com o poeta Alegre a tendência esquerdizante do PS fica bem representada, como o fica a família Soares e amigos com o doutor João. Não é certo que a tendência centrista e reformista fique bem representada com o engenheiro Sócrates. Mas também não é certo que tal tendência exista.
[Glossário das Impertinências]
Duas urracas para o poeta Alegre, pela coragem de continuar deixando a alma para trás, encalhada em Argel na década de 60.
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