O Dr. Centeno é um estereótipo do apparatchik socialista e o BdP é demasiado pequeno para o seu ego (2)
Em retrospectiva: após quase cinco anos no ministério das Finanças, o Dr. Centeno autonomeou-se para governador do BdP que dele dependia. Após a demissão do Dr. Costa em Novembro de 2023, em trânsito para presidente do Conselho Europeu, o Dr. Centeno em entrevista ao Financial Times ofereceu-se para ocupar o lugar vago em S. Bento e, gorado esse desiderato, iniciou as suas sondagens para uma candidatura Belém.
Mais recentemente, em fim de mandato, Dr. Centeno foi colocar a primeira pedra da futura sede do BdP, cujo custo final «a Deus pertence», renovou o mandato do seu chefe de gabinete e, quando o seu sucessor fez saber que não o manteria em funções, na penúltima reunião da administração o Dr. Centeno aproveitou para nomear o seu chefe de gabinete para consultor de gestão de dados.
Todo esse desaforo foi ultrapassado quando a administradora sua protegida Dr.ª Helena Adegas apresentou uma proposta para a promoção do próprio Dr. Centeno que a maioria da administração decidiu adiar com grande desagrado do Dr. Centeno que alguns dias depois enviou uma longa carta a todos os funcionários glorificando a sua obra (fonte).
Depois da obra feita, a obra a fazer
Nos seus tempos de autarca, O Dr. Costa autoelogiava-se recorrentemente com o que chamava a sua “obra feita”. Talvez em sua homenagem, os candidatos socialistas às autarquias à falta de obra feita enunciam a obra a fazer, designadamente na área da habitação. A Dr.ª Leitão em Lisboa apresentou um volumoso objectivo de construção de fogos municipais, nada menos de 4.500 novas habitações. A obra a fazer pelo conjunto dos candidatos socialistas atinge o pantagruélico número de 25.000 fogos, mais do que a média anual de novos fogos construídos em todos o país (contas de António Rocha Pinto).
As “rendas moderadas” do governo AD, já tinham sido as “rendas acessíveis” do governo socialista
Em 2023, quatro anos depois do lançamento do Programa de Renda Acessível do Dr. Pedro Nuno, o resultado foram 771 contratos, ou seja, 0,084% dos 921 mil arrendamentos em Portugal. Seis anos depois, o programa do Dr. Pedro Nuno, que tinha como objectivo atingir 20% do mercado privado, atingiu 1,1%. A Dr.ª Marina Gonçalves, sucessora do Dr. Pedro Nuno na pasta, também inventou o programa Arrendar para Subarrendar que tinha como objectivo 320 casas e foi um falhanço total.
O Dr. Costa deveria ter entregado a habitação a uma pianista
Há pouco dias a Dr.ª Gabriela Canavilhas, ex-ministra da Cultura do Eng. Sócrates, actualmente repousando na Fundação Ricardo Espírito Santos Silva, apresentou uma «medida imediata para resolver problema da habitação». Perante a estupefacta audiência em Beja, a Dr.ª Canavilhas revelou que essa medida seria o alargamento «à reabilitação» do IVA a 6% que o governo AD vai aplicar à construção de novas habitações. Infelizmente a Dr.ª Canavilhas não partilhou com audiência como essa medida resolveria o problema da habitação.
Reabilitação impertinente do Dr. Brilhante Dias
Por inúmeras vezes o (Im)pertinências publicou referências muito críticas ao Dr. Brilhante Dias, dirigente e ex-líder parlamentar do PS que, porventura por ter sido vítima de uma inesperada epifania, publicou o artigo «Imigração: o dilema fatal do PS» de onde respigo:
«(…) com os argumentos de que Montenegro fez isto porque estamos em eleições (como se os governos socialistas fizessem diferente) e que trabalha com base em perceções (como se não fossem estas uma base implicante de todas as políticas em qualquer governo como Maquiavel ou Marx bem indicaram), aliou-se, mais uma vez, aos restos das outras esquerdas demonstrando uma ausência absoluta de autonomia estratégica.
Tal decorre do facto de termos no Parlamento um conjunto de deputados, importantes na bancada, que vivem fora da realidade, que não são capazes de ouvir os nossos concidadãos.»
Sem comentários:
Enviar um comentário