Por estes dias está a decorrer o exercício da NATO Tiger Meet 2025 na base aérea de Beja, onde estarão presentes quase dois mil militares de vários Estados membros da NATO, o que foi aproveitado pela Saab sueca, fabricante do caça Gripen, e pela Lockheed Martin, fabricante do caça F-35, para promover os seus produtos. Como é óbvio ululante, não vieram cá para vender à FAP a sua mercadoria.
Para que conste, um F-35, dependendo do modelo em concreto, pode custar ao redor de 100 milhões e o orçamento de 2024 da Força Aérea Portuguesa (FAP) não chegou a 600 milhões, o que seria suficiente para comprar seis F-35. De resto, cada um dos 28 F-16 de que dispõe a FAP deve custar actualmente, sem armamento, cerca de 27 milhões, que foi o preço que a Argentina pagou o ano passado, e custou no passado uma fracção disso.
É neste contexto que um jornal económico publica um artigo com o título «Americanos e suecos fazem fila para vender aviões de combate a Portugal» em que se escreve «Aquece a corrida para vender a Portugal os substitutos do F-35. Depois da Saab mostrar o seu Gripen, agora foi a vez dos americanos da Lockheed Martin apresentarem o F-35», onde além dos delírios de grandeza se troca o F-16, o caça que se pretende substituir, pelo F-35.
E estamos nisto.
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