Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
31/03/2025
Crónica de um Governo de Passagem (46)
Com o cartaz em que põe lado a lado o Dr. Montenegro e o Eng. Sócrates para ilustrar os “50 anos de corrupção”, o Dr. Ventura dá um tiro no próprio pé e uma preciosa ajuda ao Dr. Montenegro, que fica com mais uma (boa) razão para reforçar o “não é não”. Para retribuir, o Dr. Montenegro dá ele próprio um tiro no pé ao apresentar queixa contra o Dr. Ventura por o ter tentado ajudar com o cartão.
Como que a confirmar que há menos gente a acreditar no Dr. Pedro Nuno para governar o país e menos gente a acreditar que o Dr. Ventura seja uma alternativa ao Dr. Pedro Nuno, as sondagens mostram que as intenções de voto nos partidos de ambos estão a descer, o primeiro para 23,1% e o segundo para 13,2%.
A vitória do PSD na Madeira parece ter mostrado que o eleitorado já está por tudo e prefere o mal conhecido ao mal desconhecido.
Esgotada a Spinunviva, vamos à “maior obra de Espinho”
Em mais duas páginas completas do caderno principal, o semanário de reverência, pela pena do mesmo jornalista que andou a tentar extrair sumo do caso do “palacete” do Dr. Montenegro, tenta agora em duas páginas tirar sumo do caso da “maior obra de Espinho”, em que a suspeita sobre a malfeitoria do Dr. Montenegro é ter sido sócio de uma sociedade de advogados que interveio na obra em nome da câmara de Espinho e o projectista contratado pela câmara ser o mesmo que desenhou o “palacete” do Dr. Montenegro.
A justiça expedita consiste em juntar o investigador e o juiz na mesma pessoa
Até ao caso da “maior obra de Espinho”, um visado por uma investigação da PJ (Judite para os amigos) num determinado caso era presumível culpado até ser demonstrada a sua inocência, ou até mais tarde, de cada vez que um qualquer jornalista amigo de um inimigo do visado enchia uma página de um jornal amigo do inimigo com referências tortuosas e redondas ao caso, que imediatamente eram citadas por outros jornais como provando para além de qualquer dúvida que o visado era culpado.
Deixou de ser assim com o caso da investigação da venda do edifício da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em que o Dr. Luís Neves, a celebridade que ocupa o cargo de director da Judite, veio dizer urbi et orbi que o Dr. Fernando Gomes, ex-presidente da FPF apesar de alvo das buscas estava inocente.
«Contas públicas robustas», carga fiscal pesada
Face ao excedente orçamental de 2024 (0,7%), o Dr. Miranda Sarmento felicita-se antecipando «contas públicas robustas» em 2025. Esqueceu-se de mencionar que a robustez se ficou a dever a mais um aumento em 2024 da carga fiscal para 35,7%, ao aumento de 8,9 mil milhões da dívida pública, apesar da descida do rácio face ao PIB, e à não execução de 1,6 mil milhões do investimento previsto segundo o princípio da autoestrada mexicana do PS.
Don't get carried away by the carry-over
Como aqui lembra o economista Óscar Afonso, «mais de metade do crescimento previsto para 2025 resulta de um efeito estatístico (…) de carry-over (que) justifica 1,4 p.p. – ou seja, 61% – do crescimento económico projetado de 2,3% para 2025».
Boa Nova
O Dr. Pinto Luz, o substituto do Dr. Pedro Nuno no ministério as Infraestruturas, iluminou-nos com mais uma previsão a de que «em Junho, mais de 13 mil fogos estarão construídos».
Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»
Continua a aumentar em bom ritmo o número de “utentes” sem médico de família. Nos últimos 12 meses terminados em Fevereiro esses utentes (assim se designam no Estado sucial os contribuintes que usariam o SNS se pudessem) aumentaram 36 mil para mais de 1,5 milhão. Segundo o Dr. Montenegro, no final de 2025 todos os utentes teriam um médico de família. É caso para dizer que o Dr. Montenegro parece estar a abusar da trumpolinice.
30/03/2025
Left-wing and right-wing extremism are enemies of freedom and share many things, including resentment
«Resentment is like drinking poison and expecting it to kill your enemies.»
Nelson Mandela
29/03/2025
The Trump Administration's accomplishments are highly debatable (at best), with one exception
As a kind of self-inflicted damage, the abundant production of contradictory non-sense and bullshit has raised the level of uncertainty above that of any other event in the last 40 years with the exception (so far) of the euro crisis and the pandemic. It's a wonderful job!
28/03/2025
ACREDITE SE QUISER: SignalGate e os 37 milhões de imigrantes que irão comer os animais de estimação das famílias americanas
Fonte |
Por muito que a imprensa amiga se esforce por disfarçar, o SignalGate é o resultado da incompetência pura entre os muitos fiéis que fazem parte da administração Trump não pelas competências, mas pelas fidelidades, e não vale a pena comentar.
Fonte |
Já o caso dos "Gold Cards" não é apenas incompetência (como a de se emendar a mão logo a seguir ao anúncio). Uma administração que pretendia deportar n milhões de imigrantes ilegais (o valor de n depende do dia e o valor final será o que for), entre os quais haitianos que comiam animais de estimação, segundo o vice-presidente, e agora pretende vender "Gold Cards" a 37 milhões de imigrantes dispostos a pagar uns milhões de dólares, o que pode incluir desde capi da Mafia e chefes Yakuza até oligarcas corruptos, passe a redundância, é uma administração com uma MAGnA falta de princípios.
27/03/2025
ARTIGO DEFUNTO: Jornalismo de causas artísticas, um exemplo
Steve Reich é um velhote com quase 90 anos compositor de inspiração minimalista, rótulo que ele questiona. Ganhou um Grammy em 1990 e o Pullitzer da Música em 2009 e a sua peça mais conhecida é provavelmente "Música para 18 Músicos". A pretexto do lançamento de uma edição da sua obra completa (até agora), foi entrevistado pela Blitz e a entrevista foi também publicada pela Revista do Expresso.
A certa altura, o entrevistador vai à sua agenda de jornalismo de causas artísticas e saca de várias perguntas absolutamente previsíveis na sua tentativa tosca de politizar a música no pressuposto que os músicos são ou devem ser militantes ideológicos. As respostas de Reich, de que cito a seguir alguns excertos, são desarmantes.
«Não, a ideia de mudar o mundo é... é uma ambição tola para um artista. (...) Por isso não acho que a arte consiga mudar o mundo, acho, sim, que imaginamos ou esperamos que os artistas tenham um efeito transformador no mundo. (...)
Porquê começar por Gaza? Comecemos muito antes, há 2000 anos, por exemplo. Ou talvez ainda mais, há 3400 anos. A questão é que a terra de Israel tem sido um ponto fulcral na civilização ocidental e na civilização oriental há quase 4000 anos, por um motivo ou por outro. (...)Bem, ser remunerado é importante. Qualquer outro ser humano que trabalhe poderá concordar com isso. Um dos meus modelos, claro, foi Igor Stravinsky, que era famoso por sempre encontrar uma forma de ser recompensado pelo seu trabalho. Ele pensava numa peça e depois tentava encontrar quem a quisesse e pudesse pagar por ela. Sempre trabalhei com agentes, na Europa, aqui nos Estados Unidos, é basicamente a mesma coisa. É um princípio muito simples: se conseguirmos que muitas pessoas paguem por uma só coisa, fica mais barato para cada uma. (...)
Como é que as condições políticas atuais me afetam a mim ou a outras pessoas enquanto compositores? Não tenho a certeza que afetem, na verdade. Quero dizer, não sei quantos Presidentes diferentes em partidos políticos diferentes estiveram no poder durante todas estas décadas em que tenho trabalhado. Claro que isso faz diferença no mundo, mas em termos da minha própria perceção do trabalho, sigo aquilo que me interessa.»
26/03/2025
Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (54)
«Tivesse o primeiro-ministro sido escrutinado como fui antes das últimas eleições e provavelmente não teríamos os problemas que temos hoje», disse o Dr. Pedro Nuno, omitindo o facto de ter sido “escrutinado” por imprensa amiga que passou lado dos desastres a que conduziu a TAP e a CP, para só citar dois exemplos evidentes, e a sua inépcia ao lançar, em concorrência com o Dr. Medina na câmara de Lisboa, sucessivos e falhados Programas de Arrendamento Acessível dos quais após oito anos de anúncios no final de 2023 tinham resultado 900 contratos activos dois mil alojamentos e 30 mil candidaturas.
«AMT. Albergue Socialista» (continuação daqui)
O jornal Sol voltou ao caso da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes presidida pela Drª. Ana Paula Vitorino, ministra do Mar do Dr. Costa de 2015 a 2019, esposa do Dr. Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna e melhor amigo do Dr. Costa, identificando os 14 (catorze) apparatchiks socialistas a quem foi dada uma tença na AMT.
O lambebotismo do Dr. Ascenso é melhor do que o do Dr. Bugalho
Escreve o Dr. Ascenso Simões que o Dr. Sebastião Bugalho fez ao Dr. Montenegro um «elogio típico do “lambebotismo” português». Pode ter feito, contudo, no mesmo artigo de opinião o Dr. Ascenso faz um elogio típico do “lambebotismo” português ao Dr. Pedro Nuno que «sendo filho de um empresário, sabe da realidade da vida» e, podia ter acrescentado, até conduziu o Porsche pago pelo pai.
Efeitos indesejados de pretender fazer a economia crescer aumentando os salários. Um exemplo
Em 2018 a Impresa (que inclui o Expresso e a SIC) vendeu ao Novo Banco por 24,2 milhões o edifício da sua sede em Carnaxide, avaliado em 16 milhões, para poder amortizar um empréstimo obrigacionista depois de ter falhado uma outra emissão de obrigações. Esse edifício foi de seguida objecto de um lease-back a uma Impresa com dívidas de 179,2 milhões que ultrapassavam as receitas totais, numa operação do Novo Banco (que ficou com os restos do BES) que estava ainda em recuperação tendo o Estado uma participação de 25%.
No final de 2022, o mesmo edifício foi recomprado pela Impresa com um empréstimo hipotecário de 19,6 milhões do mesmo Novo Banco, sem que o relatório e contas de 2022 faça qualquer referência a esta operação.
Três anos depois, segundo o jornal Sol da semana passada, a Impresa, ainda mais descapitalizada, procura repetir a operação de 2018. Evidentemente que as operações anteriores tiveram o nihil obstat, se não a benção, dos governos do Dr. Costa. Espero com curiosidade para saber se o próximo governo também abençoará a operação seguinte.
25/03/2025
O POTUS perdido com o planeamento e o calendário da paz. A guerra acabará quando Putin quiser (a não ser que)
Em 2023 Donald Trump garantia que terminaria a guerra na Ucrânia em 24 horas, usando as suas relações com Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.
Em Novembro do ano passado Trump dizia «It’s gotta stop. Russia and Ukraine’s gotta stop.»
Em Janeiro, Trump falava em seis meses para acabar a guerra e o seu enviado especial General Keith Kellogg disse que a guerra acabaria até 100 dias depois da tomada de posse.
Depois da conversa da semana passada de mais de duas horas com Vladimir Putin, Donald Trump não tinha nenhum resultado para mostrar. Putin rejeitou o cessar fogo e garantiu que não atacaria a infraestrutura de energia durante 30 dias e de imediato lançou um ataque feroz a infraestruturas civis, incluindo hospitais.
«Apenas um homem possuidor de ousadia ilimitada poderia fingir que era uma vitória. Uma semana antes (...) Trump disse que, se a Rússia não assinasse, ele poderia atingi-la com novas sanções duras», escreveu a Economist, enquanto a Spectator titulava «Putin está a enganar Trump».
No dia 23 de Março deste ano, Trump garantia que os esforços para moderar a guerra estavam «somewhat under control» e que só ele poderia parar Putin.
Nada disto nos deveria surpreender. É um jogo entre um xadrezista cínico, com uma estratégia bem definida, que tem em risco a sua cabeça, e um bullshitter rodeado de fiéis sem ideias próprias, quase todos, ou com ideias mas sem coragem para o contrariar, talvez um ou dois.
24/03/2025
Crónica de um Governo de Passagem (45)
Com semanas de atraso o Dr. Montenegro diz que vai entregar toda documentação da Spinumviva à PGR (documentação a que teve acesso Luís Rosa, um jornalista profissional e independente). Entretanto, vai-se sabendo que afinal havia gente para fazer o trabalho (gente que de acordo com as melhores práticas é do mesmo partido do Dr. Montenegro) e, quanto à casinha de Espinho, sobre a qual não foi descoberta nenhuma ilegalidade, tudo começou com o esgravatamento nos registos fiscais do Dr, Montenegro por funcionários que estão a ser objecto de processos disciplinares.
Sendo certo que parecem existir conflitos de interesse e o Dr. Montenegro se pôs a jeito ao lidar com incompetência inadmissível num advogado de profissão, a maior parte do comentariado não tem moral para apontar o dedo, nem os apparatchiks socialistas que acharam normal o Eng. Sócrates viver de empréstimos de um amigo. E, por falar em falta de moral, também não têm moral as luso-criaturas que apontam o dedo ao Dr. Montenegro e são admiradores do Dr. Trump, cuja administração tem uma concentração de conflitos de interesse de maganitude histórica.
Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes?
O quadro que as últimas sondagens sugerem poderá resultar das próximas eleições não parece muito diferente do que saiu das anteriores, salvo quanto às consequências de 39% dos inquiridos se declarem indecisos. O mais interessante é que que a algazarra à volta dos negócios do Dr. Montenegro não terá efeitos significativos visto que apenas 37% consideram que a responsabilidade pela crise é exclusivamente do governo e a avaliação positiva do desempenho do governo excede em 4 pontos percentuais a avaliação negativa.
Se não sabes medir, não sabes gerir
O governo do Dr. Montenegro mandou desenvolver uma ferramenta baptizada de "Sistema de Acompanhamento da Acção Governativa" que mostra o grau de execução da medidas programadas (no Portuga dos Pequeninos as medidas são chamadas “promessas”). Diz essa ferramenta que mais de 1/3 das medidas já estão executadas. Não confirmo, nem desminto, registo apenas que se esforçam por medir.
Continuar a fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes
O ano passado os preços das habitações aumentaram 9,1% graças à redução dos juros e às facilidades para o “crédito jovem” que representou cerca de metade do aumento de quase 15% do número total de transações. Quanto ao financiamento, 30% do crédito foi concedido a estrangeiros (sobretudo brasileiros, americanos e angolanos). Continua assim a esperar-se que a escassez da oferta de habitação se resolva promovendo o aumento da procura.
Enquanto isso, a câmara de Lisboa, que sob presidência do Dr. Medina tinha 800 casas municipais ocupadas ilegalmente, sob a presidência do Eng. Moedas acrescentou mais 225 atingindo um total de 1.015 casas ou seja 5% do total de cerca de 23 mil.
Boa Nova
O ministro das Infraestruturas diz que a concessão da Lusoponte (que abrange as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama) poderá ser extensiva em 2030 à construção da ponte Chelas-Barreiro e do túnel Algés-Trafaria. Espero que o ministro não se tenha baseado em informações da IP que, titula o Público, «enganou mais um ministro» a respeito da execução do Ferrovia 2020 que está atrasado cinco anos e nada garante que não se transforme no Ferrovia 2030.
23/03/2025
Pobretes, mas alegretes? É mais pobretes e tristonhos
Como seria de esperar, há uma forte correlação entre o grau de satisfação e o nível de vida medido pelo PIB per capita.
No caso do Portugal dos Pequeninos também se verificou uma queda do índice de 6,03 para 6,01 e do 55.º lugar no ranking para o 60.º lugar, claramente abaixo de muitos outros países europeus. As excepções são principalmente os países que integraram o Império Soviético, como, além da própria Rússia, Hungria, Montenegro, Croácia, Moldova, Bulgária, Albânia e Georgia. Similitude que pode explicar a admiração pela Rússia de Putin que alguns comentadores militares dos canais de TV portugueses não escondem e pode dar razão a Vladimir Solovyov que em tempos garantiu que «os portugueses viveriam muito bem como parte do império russo».
22/03/2025
The Trump-Musk "free speech" response to woke and left-wing censorship is to replace it with a new Orwellian Newspeak. We've seen this before and it went badly
The New York Times dug through thousands of pages from various US federal agencies and found that free speech champions Trump & Musk removed hundreds of words from government websites and publications, such as:
21/03/2025
CASE STUDY: A esquerdalhada anda há décadas a tentar tirar uma peça essencial do elevador social - o efeito de teste
20/03/2025
Dúvidas (346) - Não seria melhor despedir o Fed e nomear o pessoal do MAGA?
Fed Summary of Economic Projections, March 19, 2025 |
Na reunião de ontem, na semana seguinte ao POTUS ter anunciado que as tarifas tornarão os EUA "novamente ricos", o Fed reviu em baixa as suas projecções de crescimento em 2025 de 2,1% para 1,7%, reviu em alta as projecções do desemprego de 4,3% para 4,4% e de inflação de 2,5% para 2,8%. Anunciou também que manteria as taxas de juro e, talvez por isso, os mercados que receavam um aumento reagiram positivamente.
19/03/2025
Pro memoria (439) - There are two Sundar Pichais - the one who fired James Damore and the one who bowed down to Trump
Almost eight years ago, (Im)pertinências described in this post the case of software engineer James Damore who worked for Google before deciding to write a 10-page memo where, among other debatable things, he said (source): «(...) men and women differ biologically in many ways (...)» and that the tendency to protect women creates a hostile environment for men «because men are biologically disposable and because women are generally more cooperative and agreeable than man», something that evolutionary psychology confirms.
What did Google do? Damore was fired and Google CEO Sundar Pichai issued a memo to staff saying that «suggesting that a group of our colleagues have traits that make them less biologically suited to this job is offensive and not okay,» and that parts of the memo actively violated Google's code of conduct by «promoting harmful gender stereotypes in our workplace.»
Eight years later, a reporter from The Free Press went to meet Damore in Luxembourg, who had since been boycotted by the tech community and had been unable to find a steady job.
Some time earlier, on January 20, the same Sundar Pichai appeared at the inauguration of the new POTUS in the company of Elon Musk and other techno-garchs, bowing to Trump's «harmful gender stereotypes», principles that were opposed to those that led him to fire Damore.
18/03/2025
Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (53)
Dediquei em crónicas anteriores muitas merecidas bordoadas ao Dr. Medina e isso obriga-me a dedicar-lhe agora uma nota de bom comportamento por se ter distanciado da palhaçada do seu partido ao dizer no podcast da Antena 1 “Política com Assinatura” «ouvi muitas insinuações, calúnias e falsidades sem qualquer demonstração. Vi tentativas de aproveitamento político contra o primeiro-ministro que não me pareceram próprias, um debate que não se deve confundir com esclarecimento».
O Dr. Pedro Nuno só pode queixar-se si próprio
Ao contrário do Dr. Montenegro que teve muitas ajudas, como o Dr. Medina reconheceu, no desencadear do processo que o levou a apresentar para a moção de confiança que veio a ser rejeitada, o Dr. Pedro Nuno não precisou de ajudas para se colocar a si próprio sem alternativas ao recusar a proposta do Dr. Montenegro de uma CPI com a duração máxima de 60 dias, mais do que suficientes para torrar o seu adversário sem aparecer como o responsável pela dissolução do parlamento.
Por isso, levou-se a ter de votar contra uma moção de confiança que se o desfecho das eleições, for como é provável, mais do mesmo, poderá conduzi-lo ao fim da sua carreira como líder do PS.
17/03/2025
"Being attacked by Mr Trump is great for one’s ratings"
Crónica de um Governo de Passagem (44)
Entendamo-nos, nos países democráticos (incluindo as democracia avariadas) só me ocorre o presidente Trump como ultrapassando claramente o Dr. Montenegro em matéria de conflitos de interesse. Contudo, num país onde quem não tem conflitos de interesses não é bom chefe de família, suspeito que não seja por isso que o coro dos indignados atinge tais volumes. Vejo duas outras razões. Uma pragmática - aproveitar os danos auto-infligidos pelo Dr. Montenegro para o desacreditar – e outra doutrinária – os portugueses não apreciam, para não dizer que detestam, quem não depende do Estado sucial, faz pela vida e ganha uns dinheiros ainda que por atalhos.
É uma casa portuguesa, com certeza
Mais duas páginas completas, que se somam a muitas dezenas dedicadas às estórias da casinha do Dr. Montenegro em Espinho, páginas onde o semanário de reverência vem reciclando trivialidades desde que em finais de 2023 plantou a notícia do inquérito baseado numa denúncia anónima sobre supostos benefícios fiscais ilegítimos, notícia providencialmente apresentada pouco depois do Dr. Costa se ter demitido e o parlamento ser dissolvido.
Um título premonitório
Dez meses e 44 crónicas depois, com a rejeição da moção de confiança e o subsequente queda do governo, o título destas Crónicas ficou finalmente justificado. Estava escrito nas estrelas.
Pior não ficou
mais liberdade |
Com a reserva de que alguns destes indicadores são mais o resultado do passado do que do presente, o certo é que não podemos concluir que a governação do Dr. Montenegro tenha sido um desastre. Mais do mesmo ou talvez não Se as sondagens querem dizer algo, as da Consulmark para o jornal Nascer do Sol dizem-nos que a AD ganhará as eleições e continuará sem maioria, o que a acontecer significa que tudo continuará nas mesma, salvo o que muda. E o que pode mudar é a saída do Dr. Pedro Nuno, por várias razões incluindo porque, ainda segundo as mesmas sondagens, mesmo depois de várias semanas de tiro ao alvo e tiro nos pés, o Dr. Montenegro é preferido para primeiro-ministro por mais 10% do que os eleitores da AD e mais 14% do que o Dr. Pedro Nuno, que segundo a lenda deveria sair imaculado desta farsa. Outras conclusões interessantes são 68,4% do eleitorado continua a achar que a AD não se deve coligar com o Chega e os que acham que sim são pouco mais do que um quarto ou seja 10% a mais do que os 16,5% que têm intenção de votar no Chega. Ao contrário, com 44% a ressurreição da geringonça continua bastante apreciada. Boas Novas Com a mesma metodologia dos governos do Dr. Costa, o governo do Dr. Montenegro a poucos dias da votação da moção de confiança anunciou a aprovação de duas medidas para encher os noticiários: 1) um regime especial de financiamento para aumentar a oferta pública de habitação com mais 33 mil casas, no âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação “1.º Direito”, lançado pelo Dr. Costa e o Dr. Pedro Nuno no início de 2023 para garantir “habitação digna” a 26 mil famílias em situação de “vulnerabilidade” programa desastroso que entregou até agora 1900 casas e 2) quatro medidas para os mídia incluindo o Plano Nacional de Literacia Mediática e a oferta de assinaturas digitais de jornais para jovens que, por serem digitais, nem poderão ser aproveitadas para fornecer papel para forrar o caixote do cão. |
16/03/2025
Pro memoria (438) - O pensamento do Dr. Ventura antes de ser o presidente Ventura. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
O jornalista Gustavo Sampaio escreveu “Os Políticos São Todos Iguais!" escarafunchando o passado de vários políticos portugueses e o Expresso publicou um artigo com uma versão reduzida de um capítulo dedicado ao populismo. Nesse artigo Gustavo Sampaio passa em revista o passado doutrinário do Dr. Ventura e mostra-nos que esse pensamento mudou, o que é natural porque todo o mundo é composto de mudança. O que alguns, como eu, podem não apreciar é que a epifania que atingiu o Dr. Ventura há uns cinco anos, e que os seus seguidores verão como o caminho da escuridão para a iluminação, é vista como o caminho da pouca luz para a obscuridade ou talvez a procura de um produto para um mercado.
«... argumentou contra o securitarismo, contra o populismo penal, contra os políticos que procuram ganhar votos com o acicatar dos medos e dos preconceitos» (tese de doutoramento)
«... países como Portugal e a Irlanda não devem esquecer o seu passado e devem acolher o maior número de migrantes» (artigo de opinião)
«Hoje, tornou‑se uma espécie de gíria popular — ou uma certa elite intelectual — atacar a comunicação social. Digo isto completamente livre nesta matéria. Nós, em Portugal, temos tido a sorte de ter meios de comunicação social capazes de tocar com o dedo na ferida. […] Temos que ter alguma cautela quando apontamos o dedo à comunicação social.»
«Quando perguntam ao Presidente dos EUA (Trump) porque é que ele usa o Twitter, é porque dá um poder enorme não haver nenhuma espécie de intermediário. Eu escrevo o que quiser. Ninguém me faz a pergunta, sequer”, explicou Ventura. “Na verdade, por trás desta perceção está a lógica de os intervenientes políticos se quererem furtar aos intermediários que fazem perguntas. É incómodo. É muito mais fácil (recorrer às redes sociais). E é por isso que se utiliza isto. […] É esta a lógica das fake news, que são perniciosas, porque nos levam à negação e à defesa permanente. Mas, sobretudo, porque são capazes de convencer em períodos de grande turbulência noticiosa.»
«O Estado manterá nas suas mãos uma função arbitral, de regulação e de inspeção sediada em organismo dependente da Presidência do Conselho de Ministros. Essas funções seriam exercidas sobre todos os graus de ensino não superior (planos de estudo, exames, etc.). As instalações escolares passariam, num primeiro momento, para a tutela da Direção‑Geral do Património, que, de seguida, as ofereceria a quem nelas demonstrasse interesse, dando‑se prioridade absoluta aos professores nelas lecionando nesse momento. Os professores que pretendessem assumir a posse do seu estabelecimento de ensino criariam uma empresa ou uma entidade cooperativa para a qual transitaria a propriedade desse estabelecimento.» (programa político do Chega de 2019)
15/03/2025
A quinta-coluna de Putin está a ter um desempenho muito melhor na Europa do que as outras quatro na Ucrânia
A ameaça fazia parte de uma operação coordenada a nível europeu para espalhar o pânico e a confusão. Foram registados casos semelhantes em França, Alemanha e Espanha, entre outros Estados-membros da UE, com avisos direcionados não só a escolas, mas também a tribunais, gabinetes do Ministério Público e centros comerciais.
Há muito que o Kremlin utiliza as teorias da conspiração como instrumento de influência e este embuste insere-se diretamente nessa estratégia. Ao fabricar uma ameaça “islâmica”, alimentou narrativas de extrema-direita e antimigração em toda a Europa, com vista a influenciar a opinião pública e desacreditar os adversários políticos – e também para desviar a atenção da Ucrânia.
Para Orbán, o embuste foi útil politicamente. Em vez de abordar a questão como um problema de segurança, o governo aproveitou o momento para transferir a culpa das dificuldades económicas da Hungria, dos deficientes serviços públicos e dos escândalos de corrupção para os seus inimigos externos habituais: a UE, os migrantes e as conspirações estrangeiras.
Na Europa Central e de Leste, estes acontecimentos são, por norma, seguidos de uma investigação imediata da segurança nacional e de um compromisso de responsabilização dos culpados. Na República Checa, os serviços secretos apontaram os serviços secretos russos como os autores do crime. Na Bulgária, as autoridades estatais chegaram a uma conclusão semelhante.
O volume destes ataques, em especial desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 2022, sugere que a manipulação e interferência de informações estrangeiras (FIMI, na sigla em inglês para Foreign Information Manipulation and Interference) está a tornar-se um desafio de segurança crescente para a UE-27.
As escolas têm sido estrategicamente escolhidas como alvos devido à escala de perturbação que causam. Uma ameaça de bomba afeta não só os alunos, mas estende-se também às suas famílias e a outras pessoas e entidades. Além disso, obriga as autoridades estatais a reagir rapidamente para garantir a segurança dos e das estudantes, o que exige recursos públicos substanciais.»
Continue a ler Viktor Orban e a desinformação russa na UE, Edit Zgut-Przybylska
14/03/2025
Pro memoria (437) - A arte de apresentar como vitórias as derrotas da "operação especial"
[Continuação de Pro memoria (436)]
Perdas de equipamento desde o princípio da invasão:
Fontes: Rússia ; Ucrânia |
Ganhos territoriais:
Fonte |
A maior parte dos ganhos territoriais da Rússia foram nas primeiras semanas da guerra. Após a retirada da Rússia do norte da Ucrânia, em abril de 2022, a Rússia controlava cerca de 19,6% do território ucraniano e tinha sofrido 20 mil baixas. Hoje, a Rússia sofreu 800.000 baixas e ocupa um pouco menos.
Entretanto, a economia russa está de rastos, a inflação disparou (os números oficiais são pura fantasia) e as taxas de juro ultrapassam 20%. Os activos do fundo soberano da Rússia reduziram-se de 7,4% do PIB para menos de 2%. As exportações em Dezembro tinham tido uma queda homóloga de 20%.
Estes desastres não significam porém que a Rússia esteja perto de capitular porque as perdas humanas no moedor de carne da guerra são toleradas a um extremo inconcebível numa democracia e porque a capitulação seria o fim de Putin, ainda que não talvez do putinismo.
13/03/2025
SERVIÇO PÚBLICO: Caminhando com inteligência sobre o campo minado do sexo e do género - leitura recomendada
Em dois artigos (que continuarão) Patrícia Fernandes, professora da universidade do Minho, tratou com inteligência e sem pré-conceitos o tema incendiário das diferenças entre o masculino e o feminino. Os excertos seguintes são à laia de teaser para uma leitura dos artigos originais: «As mulheres mudam a política?» (1) e (2).
«A distinção entre sexo e género tornou-se aí evidente: parte substancial da rigidez das sociedades tradicionais no que diz respeito aos papéis sociais de homens e mulheres dissolveu-se e tornou-se mais claro o que era convencional e o que era natural. O problema é que se gerou uma tal obsessão com a igualdade que se absolutizou o género, levando à desconsideração da dimensão natural. Este é um aspeto fundamental para compreender a evolução da teoria e da prática políticas nas últimas décadas do século XX até aos nossos dias: o problema não está no reconhecimento do género enquanto papel social, mas está no passo seguinte de esquecer que o “sexo” também existe, ou seja, que existe uma realidade material, biológica e condicionada por mecanismos evolutivos e adaptativos que não podemos recusar.
(...)
Desafiando o paradigma liberal – que, na senda de Immanuel Kant, tende a universalizar o sentido do humano e a desvalorizar a dimensão da identidade –, seria possível afirmar que as mulheres podem trazer um fator de novidade para a política, oferecendo novas interpretações dos factos e condicionando as políticas públicas que são adotadas. Simplesmente, não podemos confundir novidade com bondade. Trata-se de um erro muitas vezes formulado nesta discussão: mas ser diferente não significa ser melhor.
Este argumento apresenta ainda uma especial vantagem interpretativa por nos tornar mais capazes de compreender um fenómeno que parece surpreender a maioria dos comentadores: por que razão existem tantas mulheres em partidos de direita radical, apesar de estes parecerem defender políticas desfavoráveis às mulheres? À esquerda, muitas feministas acusam estas mulheres de estarem submetidas à lógica do patriarcado, mas se considerarmos o modo como as mulheres foram desenvolvendo estruturas adaptativas para lidar com as suas particularidades biológicas, é possível reconhecer que discursos centrados na família e na segurança e que apelam a motivações menos individualistas e mais direcionadas para o grupo e para a pertença se tornam mais atrativos para as mulheres e mais próximos dos seus interesses. E elas encontram isso nos partidos mais identitários, quer à esquerda, quer à direita.»
12/03/2025
The man who thinks he's the most powerful man in the world told the world and the markets that tariffs "are going to make our country rich again" and (so far) the world and the markets haven't listened
«President Donald Trump, on board Air Force One on Sunday, said tariffs "are going to be the greatest thing we've ever done as a country," and are going to make the U.S. "rich again."» (fonte)
Federal Bank of Atlanta |
11/03/2025
Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (52)
Deve haver uma explicação para a obsessão do jornalismo de causas, do comentariado e dos políticos desempregados com a figura de Pedro Passos Coelho e o seu hipotético regresso, apesar deste negar repetidamente qualquer intenção de voltar à política, o que pode ou não ser verdade. A obsessão atinge o paroxismo sempre que cheira a crise do governo, como agora. Uma pesquisa Google "passos coelho" site:pt lista cerca de 300 notícias no período de 23-02 a 09-03. Para só citar dois semanários, o Expresso apresenta em duas páginas duas peças cujos títulos são todo um programa «Marcelo teme mudança no PSD» e «Passos Coelho não vai a jogo, por enquanto», e o jornal Sol tem um título destacado na 1.ª página «Queda do governo não convence Passos Coelho a avançar».
Para equilibrar as contas, escarafuncha-se o lóbi socialista
Enquanto o jornalismo afecto à oposição escarafuncha os negócios do Dr. Montenegro, o jornalismo afecto à situação tira da gaveta as empresas de “consultoria de comunicação”, outrora chamadas de relações públicas, que se encarregam do lóbi nos mídia fabricando “notícias” para os jornalistas amigos publicarem. A escolha do alvo para escarafunchar recaiu sobre várias empresas ligadas ao Dr. Luís Bernardo, um notório lobista que iniciou a sua carreira a vender a imagem do incontornável Eng. Sócrates e desde então criou com o Dr. Tocha uma rede de empresas que detém metade dos contratos das autarquias, como nos relata o semanário de reverência nas duas páginas centrais do caderno principal.
A compra de cacilheiros eléctricos pela Transtejo em 2019 que andam à deriva por falta de baterias há anos é um case study de empresas públicas gerida por apparatchiks lunáticos. Seis anos depois apenas dois dos seis cacilheiros estão a navegar a título experimental por dificuldades de carregamento das baterias.
A IGF descobriu que em 2023 foram derramados mais de 8 mil milhões de euros em subvenções e benefícios públicos, cerca de 3% do PIB, dos quais mais de metade (5 mil milhões) atribuídos a entidades do sector privado sem avaliação da utilização, sem verificação de conflitos de interesse e sem serem publicitadas.
10/03/2025
Crónica de um Governo de Passagem (43)
O Dr. Montenegro foi ao golfe em vez de ir a Kiev, depois de várias semanas a contar estórias doa aos filhos as quotas da Spinumviva, é abandonado pelo seu amigo que termina o contrato para «proteger a Solverde», soube-se que pagou o apartamento comprado em Lisboa usando uma dúzia de contas para evitar ter de as declarar à Entidade para a Transparência (um expediente de chico-esperto), soube-se que facturou uma bela maquia a uma gasolineira do pai de um candidato do PSD a Braga, etc. (um etc. muito grande).
Um país pequenino com políticos pequeninos que se dedicam a coisa pequeninas e jornalistas minúsculos que escrevem sobre miudezas
Conceda-se que o Dr. Montenegro estava a pedi-las e generosamente estão a dar-lhe tudo a que ele tinha direito. Começando pelo Dr. Marcelo que tornou público não lhe ter atendido o telefone e semeou nos jornais declarações venenosas cobrando o défice de comunicação de um primeiro-ministro “rústico” e continuando pelas dezenas de páginas dedicadas a escarafunchar as mais inacreditáveis miudezas dos negócios do Dr. Montenegro.
Indiferente às miudezas, a dívida continuar a subir
Em Janeiro a dívida pública voltou a subir 3,6 mil milhões pelo quarto mês consecutivo, atingindo 274,3 mil milhões. É claro que o rácio para o PIB desceu porque os restos da inflação, o turismo e as injecções de fundos continua a empurrar o PIB nominal, porém a questão é saber se em conjuntura favorável não se conseguir descer a dívida suficientemente não será que se vai fazê-lo quando chegarem as vacas magras, em simultâneo com a necessidade de aumentar as despesas militares.
Por falar em despesas militares, esta semana afundou na base naval do Alfeite o navio-escola Polar, é uma bela imagem do estado decrépito das forças armadas.
Ide pregar para outra freguesia
Ele saberá porquê, S. Exª o PR vetou a lei do PS de recriação de 300 freguesias e de criação de milhares de novos lugares para apparatchiks, e, como era de esperar, o parlamento aprovou de novo a lei com os votos contra da IL e do Chega, eles saberão porquê.
mais liberdade |
Em tese, é uma boa notícia o anúncio da contratualização em PPP da gestão dos Hospitais de Braga, Loures, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira e Garcia de Orta (os quatro primeiros tiverem as PPP terminadas pelo esquerdismo infantil dos ministros socialistas do SMS. Vamos ver se passa disso.
09/03/2025
O Portugal dos Pequeninos não é deste mundo
Portugal importa por ano uns 12 milhões de toneladas de petróleo bruto que aos preços correntes podem custar 6 ou 7 mil milhões de euros, ou seja algo ao redor de 2,5% do PIB. Por muita transição energética que se faça durante décadas, daria imenso jeito ter uma extracção local de petróleo. Há uns 7 anos um Tribunal travou prospecção de petróleo no Algarve.
O lítio é um dos metais mais importantes para a transição energética e Portugal parece ter as maiores reservas de lítio na Europa. Andamos a encanar a perna à rã há vários anos e até hoje a extracção de lítio é irrelevante.
Há uma década ou mais que os políticos, os mídia e o comentariado todos os dias falam ou escrevem sobre a falta de habitação "digna" e os governos apresentam esplêndidos programas, reconhecendo-se que a construção de novas habitações depara com a falta de terrenos. Há meses que se discute uma “lei dos solos” para disponibilizar solos para construção a preços acessíveis, e os políticos, os mídia e o comentariado gritam contra “especulação imobiliária” que tal lei desencadearia apesar da lei ser praticamente inaplicável por falta de terrenos rústicos nos municípios de Lisboa e Porto onde a carência de habitação é mais acentuada.
E estamos assim.
08/03/2025
Make no mistake, Trumpism is here to stay (perhaps until the end of Trump's term)
Rasmussen's Daily Presidential Tracking Poll |
07/03/2025
PUBLIC SERVICE: Trumpism is a form of Max Weber's patrimonialism
«(...)
The other source of legitimacy is more ancient, more common, and more intuitive—“the default form of rule in the premodern world,” Hanson and Kopstein write. “The state was little more than the extended ‘household’ of the ruler; it did not exist as a separate entity.” Weber called this system “patrimonialism” because rulers claimed to be the symbolic father of the people—the state’s personification and protector. Exactly that idea was implied in Trump’s own chilling declaration: “He who saves his Country does not violate any Law.”
In his day, Weber thought that patrimonialism was on its way to history’s scrap heap. Its personalized style of rule was too inexpert and capricious to manage the complex economies and military machines that, after Bismarck, became the hallmarks of modern statehood. Unfortunately, he was wrong.
Patrimonialism is less a form of government than a style of governing. It is not defined by institutions or rules; rather, it can infect all forms of government by replacing impersonal, formal lines of authority with personalized, informal ones. Based on individual loyalty and connections, and on rewarding friends and punishing enemies (real or perceived), it can be found not just in states but also among tribes, street gangs, and criminal organizations.
In its governmental guise, patrimonialism is distinguished by running the state as if it were the leader’s personal property or family business. It can be found in many countries, but its main contemporary exponent—at least until January 20, 2025—has been Vladimir Putin. In the first portion of his rule, he ran the Russian state as a personal racket. State bureaucracies and private companies continued to operate, but the real governing principle was Stay on Vladimir Vladimirovich’s good side … or else.
Seeking to make the world safe for gangsterism, Putin used propaganda, subversion, and other forms of influence to spread the model abroad. Over time, the patrimonial model gained ground in states as diverse as Hungary, Poland, Turkey, and India. Gradually (as my colleague Anne Applebaum has documented), those states coordinated in something like a syndicate of crime families—“working out problems,” write Hanson and Kopstein in their book, “divvying up the spoils, sometimes quarreling, but helping each other when needed. Putin in this scheme occupied the position of the capo di tutti capi, the boss of bosses.”
Until now. Move over, President Putin.
06/03/2025
CASE STUDY: Democracias defeituosas (5) - Mais do que defeito, continua a ser feitio
A semana passada a Economist publicou o EIU’s Democracy Index que mostra uma queda média de 5,23 para 5,17, confirmando o declínio da democracia onde apenas vivem 45% da população mundial, dividindo-se os restantes entre o regimes "híbridos" (15%) e os autoritários (39%).
The Economist |
A Noruega foi pelo 16.º ano considerada o país mais democrático com 9,81, seguido da Nova Zelândia e da Suécia. Os EUA, que vêm descendo desde 9,6 em 2006, ficaram pelos 7,8, valor que se mantém desde 2021. Quanto a Portugal aumentou o índice de 7,8 em 2023 para 8,1 em 2024, o segundo maior valor desde 2006, e subiu no ranking para 31º para 23º, mostrando que a democracia não teve saudades do socialismo e do Dr. Costa.
05/03/2025
Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (51)
Segundo a vulgata socialista, o SNS seria a solução de saúde pública em que os “utentes” teriam cuidados médicos “tendencialmente gratuitos”, melhores que dos “privados”, os profissionais seriam bem pagos, com empregos estáveis sem “precariedade”, e sem nenhum daqueles pecados da medicina privada. Saiu tudo ao contrário. A saúde pública custa a cada português mais de 2.500 euros por ano, custo superior em média a um seguro privado de saúde, o SNS está em avançado grau de decomposição, os profissionais são mal pagos, e os “precários” têm um peso cada vez maior – em 2024 os gastos com “tarefeiros” aumentaram 11% e ultrapassaram 200 milhões.
A bazuca encravada
Desde a aprovação do PRR em Julho de 2021, que vale 22 mil milhões – quase 8% do PIB, já foram entregues 10 mil milhões, dos quais apenas 3 mil milhões foram torrados, ou seja, há cerca de 19 mil milhões que serão derramados à pressa nos dois anos que faltam em projectos aprovados a trouxe-mouxe. Pior é difícil.
Só podia dar errado
mais liberdade |
Os resultados das políticas de imigração irresponsáveis dos governos socialistas que o gráfico ilustra são a miséria de milhares de imigrantes que vivem em condições sub-humanas e a emergência de um populismo que se alimenta do preconceito e o alimenta, paradoxalmente num dos países do mundo com maior emigração em termos relativos durante séculos.
O “1.º Direito” deu para o torto
O Programa de Apoio ao Acesso à Habitação “1.º Direito”, lançado pelo Dr. Costa e o Dr. Pedro Nuno no início de 2023 para garantir “habitação digna” a 26 mil famílias em situação de “vulnerabilidade” entregou até agora 1900 casas.
Os portugueses gostam muito do Estado sucial mas não estão satisfeitos com os seus serviços
mais liberdade |
O grau de satisfação dos portugueses com os serviços públicos é nos 10 aspectos considerados no inquérito da OCDE inferior à média dos nacionais dos países membros.
Take Another Plan. Em retrospectiva
O Dr. Lacerda Machado, o “melhor amigo de sempre” do Dr. Costa que esteve envolvido no SIRESP, na compra dos helicópteros Kamov, na reversão da privatização da TAP, na resolução do caso dos lesados do BES, no acordo do CaixaBank com Isabel dos Santos, no caso dos lesados do Banif e na tentativa de solução do crédito malparado da banca, ufa!, voltou ao parlamento onde classificou o negócio da compra da VEM pela TAP como o melhor "negócio dos últimos 50 anos". Quem não concordou foi o antigo CEO da TAP que no mesmo parlamento disse que o não faria de novo, e disse ainda, contrariando as teses do Dr. Costa e do Dr. Pedro Nuno, que o acordo com a Airbus. "foi bom para a Airbus e foi bom para a TAP" e considerou como “muito boa” a participação dos privados.,
Em conclusão, estima-se que a TAP seja avaliada para a privatização por uns 1.200 milhões de euros, ou seja, por menos 2.000 milhões do que os 3.200 milhões que lá foram enterrados nos últimos anos.