O que se pode dizer de uma bolsa como a de Lisboa cujo índice PSI 20 está hoje limitado a 15 (ALTRI, BCP, Corticeira Amorim, CTT, EDP, EDP Renováveis, Galp Energia, Ibersol, Jerónimo Martins, Mota-Engil. NOS, REN, SEMAPA, SONAE e Navigator), com um número total de empresas cotadas ao longo dos anos que de 150 caiu para 48 e com uma evolução compararativa nos últimos 25 anos como a mostrada no gráfico seguinte (CAC40 Paris ; ISEQ All Share Dublin)?
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Pode dizer-se que é uma bolsa em decadência de um país periférico e dependente, ou algo semelhante. Já para fazer um título como «Lisboa tem potencial para bater outras bolsas em 2025» será preciso encontrar uma explicação como a de Eduardo Lourenço, que não me canso de citar: estamos perante um «sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo».
Já que estou com o Portugal dos Pequeninos no divã, cito mais um exemplo do mesmo sentimento expresso por um professor da UAL que considerou o nosso torrãozinho natal como «um importante player internacional na conectividade global» porque a fatalidade da geografia fez desaguar cabos submarinos na costa portuguesa.
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