Desde a o final da pandemia, primeiro nos mídia americanos e depois um pouco pela Europa, propagou-se o mito da "Great Resignation" que a Wikipedia define como, «a Grande Demissão, também conhecida como Big Quit é uma tendência económica em que os funcionários voluntariamente se demitem em massa de seus empregos, começando no início de 2021, principalmente nos Estados Unidos».
Segundo a mesma mitologia, em paralelo com a Grande Renúncia, os trabalhadores que não se despediram foram infectados pela "Quiet Quitting", a "Demissão silenciosa", uma espécie de serviços mínimos em que o propósito dos trabalhadores era apenas manter o emprego.
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A "Demissão silenciosa" pressuporia uma profunda insatisfação dos trabalhadores que os mídia assumiram como generalizada - ainda há poucos dias o Wall Street Journal, que não é propriamente um jornal woke, titulava uma peça com a pergunta retórica Why Is Everyone So Unhappy at Work Right Now?, estado de espírito que usando o mesmo método poderia ser baptizado "Great Unhappiness".
No mundo real, porém, as coisas costumam ser diferentes, ou mesmo muito diferentes, dos universos paralelos dos mídia. Como ressalta dos inquéritos anuais, a satisfação dos trabalhadores americanos com o seu trabalho está ao nível da década de 80, tendo vindo a aumentar depois de um mínimo nos anos da "Great Recession" (esta tendência para engrandecer qualquer fenómeno político ou económico infecta desde há uma ou duas décadas os mídia e é propagada nas redes sociais).
1 comentário:
Por este escrito se vê o vosso elevado nível mental.
Abraço
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