«Se as políticas públicas tivessem sido diferentes, se em vez de usar a margem financeira, ganha durante o ajustamento de 2011-2014 e deixada por Pedro Passos Coelho, a distribuir dinheiro pelos funcionários públicos e pelos pensionistas tivesse usado, pelo menos uma parte, para investir nos serviços públicos, o país estaria melhor. Se em vez de prometer reversões, que seriam impossíveis na sua totalidade, como agora se demonstra no caso dos professores, tentasse prosseguir com algumas reformas do Estado, como a simplificação e desburocratização, o potencial de crescimento seria hoje mais elevado. Se em vez de assustar os pensionistas com Pedro Passos Coelho, tivesse tido a coragem de fazer uma reforma nas pensões, hoje não teria de ter feito o truque dos aumentos das pensões e a inevitável reforma que aí vem significaria menos cortes para os pensionistas futuros. Se em vez de criticar a reforma do arrendamento urbano de Assunção Cristas, que permitiu ter hoje os centros das cidades recuperados, tivesse continuado a incentivar a iniciativa privada na construção e no arrendamento, em vez de continuar a agora desnecessária política de atrair quem quer fugir aos impostos no seu país, talvez hoje estivéssemos com mais casas. E podíamos continuar, com a Educação e a Saúde que são cada vez mais um factor de desigualdade.»
Helena Garrido no Observador
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