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01/03/2018

COMO VÃO DESCALÇAR A BOTA? (15) Geringonça alternativa? Só se for uma relação poliamorosa

Primeiro Rio propôs-se «a parceiro de Costa, em substituição do PCP e do Bloco de Esquerda» e Costa mandou Pedro Marques dizer que acordos sim, mas com «todos os partidos e por maioria de razão com os que têm apoiado esta solução política».

Como se Rio não tivesse percebido, Costa mandou Carlos César dizer «nós não viabilizamos um Governo minoritário do PSD. Não viabilizámos agora [nesta legislatura], porque haveríamos de viabilizar em 2019?»

Continuando Rio a não perceber, o mesmo Pedro Marques, ministro do Planeamento, depois de uma reunião sobre o tema fundos comunitários em que o emissário de Rio, exultante de felicidade, confidenciou que saiu «de braço dado com o Governo», esclareceu «se eu tivesse de dar o braço ao PSD, faltavam-me braços para dar aos parceiros de coligação. Só tenho dois braços neste momento».

Até agora a única ideia clara e original de Rio foi propor uma geringonça alternativa, a que no passado se teria chamado Bloco Central, isto é uma espécie de relação monogâmica entre o seu PS-D e o PS de Costa. A isso Costa respondeu que só se fosse uma relação poliamorosa e os outros parceiros correram a declarar que a ménage à trois ainda vai, mas ménage à quatre seria contra a religião deles.

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