«O cinema português continua a viver sob a ameaça de paralisação e asfixia financeira» queixam-se os promotores da petição «Manifesto pelo cinema português», um lote de beneficiários de subsídios atribuídos pelo Soviete da Cóltura Cinematográfica, representando a arte independente.
Ao saber que o filme «Cinerama» da realizadora Inês de Oliveira, um dos últimos objectos dos referidos subsídios, terminou a sua exibição com 505 espectadores, depois de ter sido bafejado com mais de meio milhão de euros de subsídios a fundo perdido, ocorre-me que só a falta de espectadores, e não a falta de dinheiro, pode justificar pagar mais de mil euros por cada um dos que se sentaram a ver a prodigiosa obra, a qual, segundo uma das actrizes, «não é como essas historiazinhas, com princípio, meio e fim».
[Lido na crónica de A.-P. Vasconcelos "Das duas uma" no Sol]
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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11/04/2010
Mitos (3) – o cinema português tem falta de dinheiro
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