No último Diga lá Excelência o doutor Miguel Cadilhe, ao defender a sua tese de usar o ouro para pagar sinecuras aos utentes da vaca marsupial pública, referiu-se en passant à venda sistemática de ouro pelo BdeP nos últimos anos. Quando questionado pelos jornalistas sobre as razões da venda, o doutor Cadilhe fez um sorriso de Gioconda e disse entre dentes que era melhor perguntar ao BdeP que eles deveriam saber.
Desde Janeiro de 2003 até ao presente o BdeP comunicou a venda de 175 toneladas de ouro, com o «objectivo de diversificar a composição dos seus activos de investimento próprios»:
Novembro de 2005: 10 toneladas
Julho de 2005: 35 toneladas
Outubro e Novembro de 2004: 20 toneladas
Maio de 2004: 35 toneladas
Março e Abril de 2003: 45 toneladas
Fevereiro 2003: 30 toneladas.
Como se pode ver pelo gráfico seguinte, o aumento das cotações do metal amarelo foi mais do que suficiente para compensar a extraordinária quebra dos stocks do BdeP (equivalente a mais de 1/5 das reservas do BCE).
Onde têm sido aplicadas as mais-valias da venda do ouro?
(Continua, se não tiver mais nada que fazer)
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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