Secção Perguntas impertinentes
O bastonário da Ordem dos Advogados disse ontem na conferência Lex promovida pelo Jornal de Negócios que já conversou com o ministro da Justiça sobre a sua revolucionária proposta: a lei deveria obrigar as sociedades comerciais a terem um advogado da sociedade. O bastonário não nos esclarece se o advogado deve ser empregado, ou ter uma avençazita. Eu por mim apostava no empregado exclusivo que sempre dá mais garantias de «adequação dos actos das empresas».
E, já que falo disso, porque não um médico para a medicina no trabalho? E porque não um enfermeiro para os dedos entalados nas gavetas? E porque não um sociólogo do trabalho para falar com os delegados sindicais e a CT? E, já agora, porque não um economista para as quatro operações? E porque não um engenheiro mecânico para os elevadores? E um electrotécnico para a cablagem. E um de sistemas para o portátil da gerência. Porque não? pergunto. Pelo menos as ordens têm direito a largar umas bastonadas iguais às do doutor Rogério Alves. Ficaria resolvido o problema do desemprego dos licenciados, pelo menos dos que têm bastonário.
Cinco chateaubriands para o senhor bastonário, por não ter percebido o quid e outros tantos ignóbeis, pela sua desmesurada lata.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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