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20/06/2006

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: a bastonada do século

Secção Perguntas impertinentes

O bastonário da Ordem dos Advogados disse ontem na conferência Lex promovida pelo Jornal de Negócios que já conversou com o ministro da Justiça sobre a sua revolucionária proposta: a lei deveria obrigar as sociedades comerciais a terem um advogado da sociedade. O bastonário não nos esclarece se o advogado deve ser empregado, ou ter uma avençazita. Eu por mim apostava no empregado exclusivo que sempre dá mais garantias de «adequação dos actos das empresas».

E, já que falo disso, porque não um médico para a medicina no trabalho? E porque não um enfermeiro para os dedos entalados nas gavetas? E porque não um sociólogo do trabalho para falar com os delegados sindicais e a CT? E, já agora, porque não um economista para as quatro operações? E porque não um engenheiro mecânico para os elevadores? E um electrotécnico para a cablagem. E um de sistemas para o portátil da gerência. Porque não? pergunto. Pelo menos as ordens têm direito a largar umas bastonadas iguais às do doutor Rogério Alves. Ficaria resolvido o problema do desemprego dos licenciados, pelo menos dos que têm bastonário.

Cinco chateaubriands para o senhor bastonário, por não ter percebido o quid e outros tantos ignóbeis, pela sua desmesurada lata.

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