Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

14/02/2006

BLOGARIDADES: soterrado, ressuscitou ao chamamento das blasfémias

Foi um período difícil, em que o apoio à candidatura do doutor Soares quase soterrou, debaixo de toneladas de confusas elucubrações, a inteligência da esquerda inteligente.

Mas o melhor de A Praia acabou por emergir a propósito da guerra das caricaturas blasfemas.

Esquerda inteligente
Há quem defenda que existe uma contradição nos termos esquerda e inteligente. Mas são fanáticos de direita a quem não devemos emprestar os ouvidos.
Definir esquerda é complicado, mas é possível formular a coisa duma forma simples. Para mim, esquerda é o credo que sacrifica a liberdade em nome da igualdade, na dúvida (esquerda «democrática») ou sempre (a «outra» esquerda). Dependendo do tamanho da certeza ou da dúvida, podemos aqui meter toda a gente de esquerda – desde o doutor José Estaline, que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava, até ao engenheiro Guterres, que só tinha dúvidas e estava sempre a enganar-se.
Definir inteligente é estupidamente difícil. Para simplificar, inteligente é aquilo que consigo suportar sem agonia – é um bocado subjectivo, mas o blogue é meu.
(Glossário das Impertinências)

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