Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.
» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

23/12/2025

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (80)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

O Brilhante embaciado

Há duas semanas abrilhantei a folha do Dr. Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, pelo seu artigo «Imigração: o dilema fatal do PS» onde se distanciou das masturbações teoréticas dos seus próprios deputados sobre a imigração. Venho agora revogar a reabilitação pela sua intervenção paralamentar na passada 3.ª feira em que citou o ministro da Educação Fernando Alexandre, um dos poucos que não estão embalsamados no governo, descontextualizando num misto de sonsice e maquiavelismo saloio o que a criatura disse a respeito das residências universitárias, no que foi pressurosamente seguido pela cloaca da RTP.

O surto de lucidez do Dr. Medina

Não poupei o Dr. Medina enquanto andou pela câmara e pelo governo a acolitar o Dr. Costa nas suas manobras. Chegou agora a vez de o saudar por ter reconhecido «o profundo erro que o PS cometeu» no caso ao adoptar no caso Spinumviva uma «política assente no ódio, na calúnia de adversários políticos e na judicialização da vida pública política», ainda que suspeite que o fez mais por razões da comprovada ineficácia da campanha do que por razões de princípio.

As políticas socialistas não incentivarem apenas a saída dos mais qualificados

Essas políticas favoreceram também a saída dos menos qualificados que são substituídos no mercado de trabalho pelos imigrantes.

O Estado sucial adiciona a corrupção à ineficácia e ineficiência

mais liberdade
Já era mau ter um Estado ineficaz e ineficiente que devora vorazmente quase metade do PIB do Portugal dos Pequeninos. Ter um Estado que, além disso, representa a esmagadora maioria dos casos de corrupção é uma tragédia e uma fatalidade.

3 comentários:

Luís Lavoura disse...

a saída dos menos qualificados que são substituídos no mercado de trabalho pelos imigrantes

Isto é uma caraterística geral das migrações, que não se verifica somente em Portugal.
Um sítio onde se verifica muito claramente é na África Ocidental. Aí, um habitante do Mali emigra para a Guiné-Conacri, um habitante desse país emigra para o Senegal, e um senagalês emigra para França. Todos melhoram a sua vida, cada um emigrando para um país que está ao alcance da sua capacidade.
Há brasileiros a servir à mesa nos restaurantes portugueses, e portugueses a fazer o mesmísimo trabalho nos restaurantes suíços.

Luís Lavoura disse...

Um liberal deve sempre ficar contente quando pessoas, sejam elas quais forem, utilizam a sua liberdade para, do ponto de vista delas, melhorarem a sua vida.
Assim, se um português emigra para a Suíça, o liberal deve ficar satisfeito. E se um brasileiro imigra para Portugal, o liberal deve igualmente ficar satisfeito. Ambos estão a melhorar a sua vida, de acordo com os seus próprios padrões, e nós, liberais, devemos ficar satisfeitos por o fazerem e o poderem fazer.

Anónimo disse...

Conversa fiada. Qual a percentagem de portugueses que se podem classificar como liberais?