O governo, o coro da comentadoria e até os jornalistas de causas, que nestas coisas patrióticas alinham com os governos que detestam, saudaram efusivamente o primeiro lugar da economia portuguesa no ranking da Economist. Contra a corrente, o (Im)pertinências não embandeirou em arco e tentou colocar o feito no seu humilde lugar. Desde então, ao longo da semana passada, algumas outras vozes cépticas atenuaram o nosso sentimento de solidão.
Começo por Óscar Afonso que no jornal Sol (sem link) publicou um artigo cujo título, só por si, diz quase tudo - O IgNobel da Economia vai para ... Portugal em 1.º segundo a The Economist.
Continuo com o economista José Paulo Soares, que no seu As sweet as a pastel de nata considera «enternecedor o bacoquismo patriótico» do coro de celebrantes e salienta que nos indicadores fundamentais (produtividade do trabalho e PIB per capita) as coisas não melhoraram, como até pioraram, como aqui escrevi a semana passada.
No mesmo sentido, com mais contenção, escreveram Daniel Bessa (A melhor economia do ano) e João Duque (A economia do pastel de nata).
Sem comentários:
Enviar um comentário