Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.
» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

29/10/2025

What would Mr. Trump's devotees have said if Sleepy Joe had accepted money from his supporters to build a BIG, BEAUTIFUL BALLROOM? Would the devotees practice the usual double standard, or would they classify Mr. Trump as they would have classified Mr. Biden?


«The White House is getting a $300 million facelift, and some of the largest corporations in the world are footing the bill—with the help of MAGA lobbyists.

Construction began this week for Donald Trump’s “big beautiful White House ballroom,” with workers tearing down the East Wing. Trump has said the work won’t cost taxpayers a dime and will be privately funded by “many generous Patriots, Great American Companies, and, yours truly.”

The White House did not comment on how much Trump himself will give, but it did share a list with The Free Press—you can view that here—of almost 40 donors. It includes companies such as Amazon, Apple, and Google, crypto giant Coinbase, and defense contractors Lockheed Martin and Booz Allen Hamilton. It also includes wealthy Trump supporters like oil and gas magnate Harold Hamm and Blackstone CEO Stephen Schwarzman as well as crypto entrepreneurs Cameron and Tyler Winklevoss

MAGA Lobbyists’ Advice to Clients: Help Pay for Trump’s Big, Beautiful Ballroom

8 comentários:

Luís Lavoura disse...

Assim à partida, não vejo grande problema em que doadores privados ajudem a construir coisas bonitas no seu país, como por exemplo melhorar o palácio presidencial.
Se um doador privado pode, digamos, financiar a reconstrução da Torre dos Clérigos, porque é que não há de também poder financiar, digamos, a ampliação do Palácio de São Bento ou do das Necessidades.

Afonso de Portugal disse...

Exactamente. Não se tratando de dinheiro dos contribuintes, a situação, sendo insólita, não é ilegítima.

Mas o aqui o (Im)Pertinente só é liberal quando lhe convém...

Nelson Gonçalves disse...

Não há nada de errado, claro. Nadinha. Nicles.

Excepto não se conhecer quanto cada entidade/pessoa doou efectivamente. Se isto não é um convite descarado à corrupção, o que será ?

E passando ao lado deste pormaior, temos ainda que a re-decoração significa a destruição de um espaço com mais de 100 anos, apenas para satisfazer o ego do Trump.

Mas pronto, nada de estranho está a acontecer aqui. Tudo perfeitamente normal. Se esquermos, claro, a destruição de um edifício centenário, e a óbvia oportunidade para corrupção. Fora isso, tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.

Luís Lavoura disse...

não se conhecer quanto cada entidade/pessoa doou efectivamente

Diferentes países têm diferentes leis quanto a donativos privados. Os EUA têm leis e tradições muito diferentes das nossas. Talvez piores que as nossas (é em parte uma matéria de gosto).

um convite descarado à corrupção

Qualquer donativo privado pode ser considerado um convite à corrupção. Se uma empresa privada financia a reconstrução da Torre dos Clérigos, isso é potencialmente uma forma de corrupção.

Luís Lavoura disse...

Afonso de Portugal:

o (Im)Pertinente só é liberal quando lhe convém

Eu diria que o Impertinente não gosta de Trump, e entõ vê mal em tudo o que o homem faça.

Seguramente, eu também não morro de amores por Trump.

O que seria importante o Impertinente reconhecer é que, se Trump está no poleiro, isso é culpa dos Democratas, que apoiaram um presidente horrível e, depois, a candidatura da sua vice-presidente. Se os Democratas tivessem sabido governar no interesse dos EUA e do seu povo, Trump não estaria agora no poleiro. É tudo, tudo mesmo, culpa dos Democratas. Isso é que é importante reconhecer.

Nelson Gonçalves disse...

O problema não está em existirem privados que paguem despesas públicas. Está em não se saber quanto. Se até na festa da minha aldeia se publica na porta da igreja quanto é qud cada um deu....

Isto não é uma questão de gosto ou tradição. Até porque os EUA bebem das mesmissímas fontes que nós

Luís Lavoura disse...

os EUA bebem das mesmissímas fontes que nós

Não. Os EUA têm tradições ancestrais que aos olhos deles são normalíssimas, aos nossos são corrupção pura.

Por exemplo, é normalíssimo nos EUA os Presidentes "premiarem" dadores privados para as suas campanhas presidenciais com cargos importantes, como por exemplo o de embaixador num país qualquer. Muitos embaixadores dos EUA não são diplomatas de carreira mas sim pessoas que doaram dinheiro para campanhas presidenciais. Isto na Europa seria um escândalo de todo o tamanho, nos EUA é corriqueiro e ninguém se espanta nem protesta.

De igual forma, na Europa há leis muito estritas quanto a donativos privados para efeitos políticos, que nos EUA não existem ou são muitíssimo mais laxos. Por exemplo, na Europa um privado pode doar dinheiro a um partido político, mas uma empresa não pode; nos EUA, pode.

É errado considerar que os EUA beberam das mesmas fontes que a Europa. Eu vivi alguns anos na Alemanha e outros na Pensilvânia e foi para mim evidente que a Alemanha é basicamente a mesma coisa que Portugal, os EUA são um mundo completamente diferente. Não tem nada a ver, a Europa com os EUA.

Nelson Gonçalves disse...

Tem razão.Por momentos esqueci-me que os EUA nasceram das tradições ancestrais dos índios. Que estupidez a minha, pensar que foram fundados e povoados quase em exclusivo por emigrantes europeus.