Escrevi no post anterior que os apparatchiks sentados na Portugal Ventures só por milagre teriam o know-how para avaliar riscos, anteciparem hipotéticos futuros sucessos e detectarem potenciais unicórnios enquanto apostam o dinheiro dos contribuintes e certamente não têm incentivo indispensável dos venture capitalists que arriscam o seu dinheiro nas empresas em que apostam.
Para quem tivesse dúvidas que não há milagres nestas matérias, Virgílio Bento, cofundador da Sword Health, uma das poucas start-ups de portugueses que alcançou reconhecimento internacional com sede no Utah, USA, e escritórios no Reino Unido, que desistiu de fazer um trabalho com o sistema do INEM descrito como «obsoleto, frágil, assustado», referiu-se em entrevista ao Expresso aos apparatchiks da Portugal Ventures como «as pessoas (...) do topo até cá em baixo de uma incompetência atroz. É muito difícil discutir o potencial de uma empresa com alguém que é completamente ignorante».
Quanto às decisões de investimento da Portugal Ventures, Virgílio Bento explica que são os «Amigos. Há muitos exemplos desses. Se era um professor universitário a liderar essa empresa. A questão do pedigree. Nenhum deles estava ligado com o potencial de sucesso da startup.»