Take Another Plan. Não sabemos se vai sobrar alguma coisa da privatização
Sabendo-se que a TAP valerá uns 1.700 milhões, já se havia concluído que os 49,9% que o governo pretende vender poderão render pouco mais de um quarto dos 3,2 mil milhões que lá foram torrados. Isto foi antes de se levar em conta que Mme Ourmières-Widener, a ex-CEO da TAP escolhida pelo Dr. Pedro Nuno apresentou em tribunal um pedido de indemnização de 5,9 milhões pelas sevícias contratuais a que a sujeitaram, 700 trabalhadores da TAP poderão receber de indemnizações um valor total que pode atingir até 80 milhões de euros, dos quais só metade está provisionada, e a Azul, a operadora do antigo accionista David Neeleman, reclama o pagamento de uma dívida que pode atingir 180 milhões de euros.
Take Another Plan. E se telefonassem para Bruxelas ou para S. João da Madeira e perguntassem ao Dr. Costa e ao Dr. Pedro Nuno, respectivamente?
Quando à dívida à Azul, o Dr. Pinto da Luz, que ocupa o lugar antes do Dr. Pedro Nuno, admitiu em entrevista que não encontrou no ministério a carta em que o governo do Dr. Costa aceitava que o financiamento da Azul em 2016 foi um empréstimo obrigacionista a reembolsar e não como um suprimento de capital que poderia ser perdido pela Azul.
Take Another Plan. O que distingue o PS, o PSD e o Chega
O PS nacionaliza primeiro e depois diz que vai reprivatizar 100%. O PSD privatiza primeiro e depois diz que vai manter nacionalizado 50,1%. O Chega não privatiza antes nem depois, partilhando sem surpresa a ideia do Dr. Costa de que «a TAP é fundamental. Na era da globalização, tem a importância que as caravelas tiveram na era dos Descobrimentos»,
Take Another Plan. O que distingue o PS, o PSD e o Chega
O PS nacionaliza primeiro e depois diz que vai reprivatizar 100%. O PSD privatiza primeiro e depois diz que vai manter nacionalizado 50,1%. O Chega não privatiza antes nem depois, partilhando sem surpresa a ideia do Dr. Costa de que «a TAP é fundamental. Na era da globalização, tem a importância que as caravelas tiveram na era dos Descobrimentos»,
Para os viticultores não é igual ao litro. É igual à TAP e ao BES
Um dias destes, os viticultores de Vila Real manifestaram-se exigindo soluções para combater a crise e exigindo o «escoamento para as nossas uvas» e «tratamento igual à TAP e ao BES» (fonte). Sabendo-se que a única coisa que foi escoada da TAP e do BES foi a grana, no primeiro caso por um leque alargado de interesses e no segundo caso por iniciativa do Dono Disto Tudo e do Animal Feroz, aparentemente o tratamento igual exigido são os 3,2 mil milhões que o Dr. Costa e os seus governos sepultaram na TAP e muitos outros milhares de milhões de perdas enterradas no caso do BES. Espera-se que o Dr. Montenegro não se deixe embriagar e não se disponha a que o orçamento escoe as uvas dos viticultores.
A contabilidade criativa como arma de defesa. O Sr. Vladmiro que se cuide!
A semana passada o Dr. Montenegro revelou numa conferência sobre defesa organizada pela SIC que entre os investimentos públicos para atingir a meta dos 5% de defesa e segurança, além das despesas da GNR, combate aéreo a incêndios florestais e pensões dos militares reformados (fonte), também vai considerar o investimento no novo aeroporto de Lisboa.
Seduzindo os pensionistas
Não sei se o desvelo com que o Dr. Montenegro trata os pensionistas conseguirá o milagre de os trazer ao redil eleitoral do PSD, de onde fugiram com as veleidades do Dr. Passos Coelho garantir a sustentabilidade de longo prazo da segurança social, pensionistas que a este respeito partilham o desabafo atribuído John Maynard Keynes «a longo prazo estamos todos mortos». Embora o sucesso não esteja garantido, o Dr. Montenegro esforça-se e vai pagar um suplemento aos pensionistas em Setembro e vai reduzir retroactivamente as retenções na fonte de IRS.
O Banco de Fomento já está a trabalhar a preparar-se para o prejuízo?
Ainda antes da “gigafábrica de Inteligência Artificial” em Sines e dos 6,5 mil milhões de garantias para financiar PME, o Banco de Fomento já está a reduzir os seus pífios lucros de 10,9 milhões no 1º semestre do ano passado a uns ainda mais pífios 8,9 milhões no 1º semestre deste ano.
Ainda antes da “gigafábrica de Inteligência Artificial” em Sines e dos 6,5 mil milhões de garantias para financiar PME, o Banco de Fomento já está a reduzir os seus pífios lucros de 10,9 milhões no 1º semestre do ano passado a uns ainda mais pífios 8,9 milhões no 1º semestre deste ano.
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