Jornal Eco |
Comentando a chusma de notícias nos jornais de ontem com títulos semelhantes ao acima, precisamente como aconteceu há dois anos nesta altura, reproduzo o post que então dediquei a esta demonstração de ignorância e má fé:
É uma espécie de mimetismo. Às 23.30 de quinta-feira o jornal Negócios dá a "notícia" de que a «portaria de condições do trabalho para trabalhadores administrativos, é assinada por oito ministros, e decide de forma administrativa os salários mínimos que se aplicam potencialmente a 94 mil trabalhadores que não estão cobertos por negociação» e quase todos os outros a repetem com títulos praticamente iguais que induzem nas meninges dos leitores que o governo irá pagar do bolso dos seus ministros a quase 100 mil trabalhadores do "privado", como eles dizem.Ninguém explica e contextualiza a "notícia", esclarecendo que estamos perante um expediente chamado "portarias de extensão", pelo qual os contratos colectivos negociados pelos sindicatos (controlados pelo PCP) que representam 10% dos trabalhadores têm influenciado 90% dos contratos de trabalho, em empresas e sectores sem condições para pagarem a bitola das maiores empresas e continuarem competitivas. Por esta via, a concertação social tem tido principalmente o papel de defender os «direitos adquiridos» das corporações empresariais e sindicais, aumentar o desemprego e assim manter o statu quo.Em Outubro de 2012, por pressão da troika, as portarias de extensões passaram a ter um alcance mais limitado que foi resposto em Abril de 2014.
Sem comentários:
Enviar um comentário