
Robert Merton publicou em 1936 um estudo das «consequências imprevistas da ação social intencional» onde distinguiu três tipos de consequências imprevistas. O que aconteceu ao PS nas eleições dia 18 foi um exemplo perfeito das consequências negativas imprevistas da sua prática nos últimos anos de tentar empurrar o PSD para os braços do Chega na esperança que o eleitorado do PSD o repudiasse e os seus votos se transferissem maciçamente para o PS. Ao contrário, a transferência de votos foi sobretudo do PCP para o Chega e do PS para o PSD e para a abstenção. E não, o Dr. Pedro Nuno não foi o único responsável pelo afundamento do PS, nem foi talvez o maior responsável. Durante vários anos o Dr. Costa e a sua trupe trabalharam para isso.
À força de querer parecer outro, o Dr. Pedro Nuno já não sabia quem era (agora é oficial)
Um ano depois de ter apoiado o candidato Dr. Pedro Nuno, que «sendo filho de um empresário, sabe da realidade da vida», para ascender à liderança socialista, o Dr. Ascenso Simões, um apparatchik socialista com um vasto currículo que vai da defesa da demolição do Padrão dos Descobrimentos, à agressão de um polícia e à defesa de uma condecoração para o Eng. Sócrates uma dúzia de anos depois do Animal Feroz ter conduzido o Estado sucial à falência, veio confirmar em entrevista ao Observador o segredo de Polichinelo: «a moderação de Pedro Nuno Santos era completamente falsa».
Um carneiro sacrificial
Como em quase todas as situações em que um partido sofre uma derrota pesada, o líder demite-se ou é demitido e o seu sucessor é frequentemente um líder de passagem tolerado por quase todos e falsamente apoiado por muitos que fica a aquecer o lugar até que das catacumbas do coliseu partidário emerjam os verdadeiros candidatos. Será esse o papel que o Dr. José Luís Carneiro reservou para si próprio.
Take Another Plan. Está-lhe no ADN
Só mesmo nos delírios da esquerda a TAP, gerida pela trela do líder socialista demissionário Dr. Pedro Nuno, estaria a caminho da regeneração. Segundo a FlightRight citada pela Euronews, com 37,14% dos voos, a TAP é a companhia europeia com maior percentagem de atrasos, e com 1,08% é a sexta com mais cancelamentos
Os lucros de 177 milhões em 2023, e os 72 milhões no segundo trimestre de 2024, que compensaram os prejuízos quase iguais do 1.º trimestre, e o lucro no ano de 2024 de 53,7 milhões são amendoins para um elefante branco como a TAP que recebeu 3,2 mil milhões de subsídios que lhe pouparam uns 200 milhões de juros por ano e a dispensaram de gerar margens para amortizar os 3,2 mil milhões. Não foi preciso esperar muito para a TAP regressar ao seu normal com um prejuízo de 108 milhões no 1.º trimestre deste ano.
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