E de repente passámos da bagunça socialista para um rigoroso regime de imigração
Talvez eu deva começar por lembrar que quem preza a liberdade não tem por princípio restringir a mobilidade das pessoas e em consequência limitar as migrações. Ainda assim, se quem preza a liberdade não for estúpido, percebe que, infelizmente, essa visão não é partilhada por uma fracção significativa dos outros cidadãos cujas opiniões, obsessões e delírios de grandeza nacional têm de ser consideradas para preservar um mínimo de coesão social num Estado-nação ou mesmo, nos casos mais desesperados, evitar uma guerra civil. E também porque, infelizmente, não se pode esperar que a reduzida inteligência dos vários nativismos entenda que num país envelhecido e pouco dado a trabalhos pesados a imigração é indispensável. De onde, as migrações têm de ser reguladas atendendo a essas opiniões, obsessões e delírios, o que significa que o regime de imigração tem de ser feito à medida desse Estado-nação e das opiniões, obsessões e delírios dos seus nacionais.
Esclarecido isto, parece-me um exagero que da bagunça migratória criada pelo Dr. Costa se passe a um regime que é um dos mais exigentes da Óropa para um imigrante adquirir a nacionalidade portuguesa.
E de repente o Programa Reforçar evaporou-se
Em Abril o Dr. Pedro Reis, anterior ministro da Economia, apresentou o Programa Reforçar. Ninguém nunca saberá se poderia ter tido ou não êxito porque dois meses depois o ministro foi embora e o programa desapareceu sem uma única explicação. Juntando o insulto à injúria, o governo demitiu o presidente do IAPMEI um ano depois de o ter nomeado, por coincidência no mesmo dia que o Dr. Arroja publicou um artigo onde expunha a suas ideias sobre «Portugal como plataforma global de investimento e negócios».
Sei que no Portugal dos Pequeninos se prezam os subsídios, mas não será um exagero?
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Ele é o subsídio de férias, ele é o subsídio de Natal, ele é o subsídio de alimentação, ele é o subsídio de deslocação, ele são as diuturnidades, ele são… A coisa é tão viciante que quase todos os tugas imaginam que esta é a regra do resto do mundo que as mais das vezes tem um salário e pronto. Ora aqui está uma ideia para uma reforma das leis do trabalho, não se desse o caso de. Sei que o Portugal dos Pequeninos tem uma dependência dos fundos da Óropa, mas não será um exagero?
É outra coisa tão ou mais viciante do que os subsídios dos contratos de trabalho, neste caso pagos pelos contribuintes europeus e gostosamente desperdiçados pelos nativos. Ora aqui está mais uma ideia para uma reforma do Estado-sucial, não se desse o caso de. Sinais de encrenca pela frente Nas últimas duas décadas a taxa de poupança das famílias foi geralmente metade da média da UE. O ano passado superou os 10% graças à bazuca e aproximou-se da média europeia (14%). Talvez seja sol de pouca dura porque no 1.º trimestre deste ano caiu 0,1% e o consumo final aumentou 0,9%. Enquanto isso, o endividamento da economia (dívida total das famílias, das empresas e do Estado) atingiu em Abril um novo recorde de 829,5 mil milhões de euros, sobretudo devido à dívida do Estado que cresceu 4,4 mil milhões e a capacidade de financiamento da economia (directamente resultante do saldo da balança de transações correntes e de capital) desceu 0,6 pontos percentuais no 1.º trimestre para 2,2% do PIB. Insanidade é continuar a fazer o mesmo e esperar resultados diferentes Segundo o INE, no 1.º trimestre o Índice de Preços da Habitação cresceu em termos homólogos 4,7 pontos percentuais. E continuará a crescer porque as leis da oferta e da procura não são se alteram no Diário da República e a procura continua a ser estimulada. |
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