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» (António Alçada Baptista)
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26/06/2025

CASE STUDY: Democracias defeituosas (6) - Mais do que defeito, continua a ser feitio

Quando publiquei o post anterior (Democracias defeituosas (5) - Mais do que defeito, continua a ser feitio) não tinha ainda tido acesso ao relatório completo com informação específica sobre a democracia portuguesa.

Por exemplo, não tinha relevado que o Portugal do governo PS, classificado como “flawed democracy” em 2023, melhorou com o governo AD para “full democracy” e foi o terceiro país com maior upgrade do índice.


Melhoria que a The Economist Intelligence Unit descreveu assim:
«Portugal foi promovido a "democracia plena" no Índice de Democracia de 2024, subindo oito posições no ranking global, alcançando a 23ª posição. A pontuação de Portugal melhorou de 7,75 em 2023 para 8,08 em 2024, impulsionada por melhorias nas categorias de funcionamento do governo e cultura política. O país foi despromovido para uma "democracia falhada" em 2011 e recuperou o estatuto de "democracia plena" em 2019. No entanto, as limitações à liberdade individual resultantes da pandemia de covid-19 fizeram com que Portugal fosse novamente despromovido para uma "democracia falhada" em 2020. A pontuação do indicador que avalia o grau em que os cidadãos portugueses acreditam que a democracia é boa para a economia, com base nos dados do World Values ​​Survey (WVS), melhorou de 0,5 para 1 em 2024. Os dados da WVS sugerem que uma maior parte da população acredita agora que um sistema democrático forte é também benéfico para o desempenho económico.»


No final, não há grandes motivos para celebrações porque o Portugal dos Pequeninos ficou no penúltimo lugar das "democracias plenas" numa lista de 25 países liderada pela Noruega, seguida da Nova Zelândia`, ex aequo com a República Checa e apenas à frente da Grécia.

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