Recapitulando:
Agora foi a vez de outra voz dissonante, a do governador do banco central da China Yi Gang que publicou no Journal of Financial Research (apud Central Banking) um artigo questionando o alívio quantitativo que «a longo prazo prejudica as funções do mercado, monetariza os défices orçamentais, prejudica a reputação dos bancos centrais, viola a linha vermelha da política monetária e aumenta o risco moral (...) as baixas taxas directoras são insustentáveis, porque podem levar a sobreinvestimento, capacidade excedentária, inflação alta e bolhas de activos».
O intervencionismo do BCE, que copiou com atraso a Fed e o BoE, adoptando o alívio quantitativo e as taxas de juro negativas ou nulas, desde o «whatever it takes» do Super Mario de Julho de 2012, é parecido como terapêutica com a sangria dos pacientes praticada pela medicina medieval para tratar qualquer doença, incluindo a anemia.
As raras vozes dissonantes (temos citado algumas delas) não têm chegado para perturbar e muito menos abafar os salmos cantados pelo coro imenso dos prosélitos louvando a bondade das políticas de injecção de dinheiro e de juros artificialmente baixos dos bancos centrais.
Eu diria mesmo mais |
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