[Continuação de (1) e (2) e (3)]
Até mesmo um admirador de José Sócrates com um resquício de lucidez e de inteligência, supondo que os haja, perceberia, se o lesse, que o Memorandum of Understanding é a mais completa negação de tudo o que o governo tem feito e de todas as suas políticas. A começar pela suspensão de todas as grandes obras do regime, aeroporto, TGV et alia (torrefacção de dinheiro nas energias renováveis, parcerias público-privadas, etc.) e a acabar na flexibilização do mercado de trabalho, passando pela redução efectiva do exército de funcionários públicos e o alívio da presença sufocante do estado na economia, com um programa de privatizações que só deixa da fora a CGD.
Se isto é para o querido líder um «bom acordo», como é que ele explica aos seus admiradores não ter feito nada disso durante os 6 anos que já leva de governo? Não explica, claro, porque ele conta com a cegueira da massa da apparatchiks, crentes da sua IURD e com o estado de necessidade em que se encontram muitos dos novos situacionistas agarrados às sinecuras como náufragos às suas bóias.
Que a criatura consiga, sem a mínima vacilação, empenachar-se com os méritos de negociador dum acordo, cuja necessidade ele negou durante muitos meses, e passar ao lado do facto crucial que esse acordo visa resolver os problemas que ele mesmo criou durante 6 anos, mostra ser a sua governação o maior embuste desde o fim da baderna republicana.
Aditamento:
José Sócrates não está sozinho nos seus delírios e mentiras. Segundo parece, Teixeira dos Santos ressuscitou numa conferência de imprensa e jurou que o Memorandum «desenvolve e detalha o PEC apresentado em 11 de Março» e «é um programa português que merece o apoio da UE e do FMI».
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
05/05/2011
ESTADO DE SÍTIO: O FMI nosso amigo (4)
Etiquetas:
A credibilidade é como a virgindade,
Conversa fiada
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário