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21/10/2008

SERVIÇO PÚBLICO: O divórcio mediático entre as elites e o povo e a interferência dos governos vistos pela ERC.

Não é surpreendente que a televisão seja o meio mais utilizado, sobretudo por pessoas com menor escolaridade.




Não é igualmente surpreendente que os canais públicos de sinal aberto RTP1 e RTP2 sejam no conjunto os mais vistos por menos pessoas.

Difícil é perceber a razão da RTP1 ser considerada em todos os níveis de escolaridade como o canal aberto mais credível.

É também difícil compreender como ainda há tanta gente que acredita que os governos não interferem na informação televisiva. Estranhamente, apesar da presença do governo na TV ser consideravelmente mais forte do que na rádio ou nos jornais, as percentagens de crédulos em relação a estes outros meios não é muito diferente.


É mais fácil perceber porquê a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, apesar de ter dados disponíveis no estudo (1) muito mais detalhados sobre a interferência dos governos não os tornou públicos. Por exemplo, os seguintes itens do questionário (2), que fariam luz sobre interferência governamental nos diversos meios individualmente considerados e sobre os quais não se encontram dados:

  • Os governos interferem na informação televisiva
  • Não há diferença entre canais publicos e canais privados, no que respeita às relações com o Governo
  • O Governo tem mais possibilidades de controlar os canais publicos de televisão que os canais privados
  • Só os canais privados escapam à influênciado Governo
  • Os governos interferem na informação radiofónica
  • Os governos interferem no conteudo dos jornais.
É ainda mais fácil perceber porque não são publicados os resultados da resposta ao item A ERC SERVE PARA:
  • ...
  • Garantir os interesses do Governo
  • ...

(1) Estudo de Recepção dos Meios de Comunicação Social encomendado pela ERC ao ISCTE.
(2) Ver questionários no
Anexo.

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