Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

27/10/2008

É difícil contentar toda a gente

Não me parece difícil compreender a alegria de alguns fiéis da intervenção estatal perante a possível nacionalização de bancos ou mesmo a alegria (mais mitigada) pela simples participação de controlo no capital dos bancos.

Também me parece fácil compreender a preocupação dos seguidores da doutrina do estado mínimo perante a mesma possibilidade.

É mais difícil compreender a preocupação de outros fiéis da intervenção estatal face à mesma possível intervenção, a pretexto do benefício dos accionistas se fazer às custas dos trabalhadores, segundo os mais assanhados, dos contribuintes, segundo os mais moderados. Não foi assim que a revolução dos cravos partiu a espinha ao capital financeiro, expropriando a quase totalidade dos serviços financeiros, indemnizando os accionistas mal, tardiamente e a conta gotas e vendendo-lhes as suas empresas volvidos 20 anos?

Sem comentários: