«O senhor Manoel de Oliveira tem o seu público. Serão cerca de 9 mil fiéis em Portugal e outros 10 mil em França. Se conseguir chegar a todos atinge 100 por cento do seu público-alvo.»Disse, com lucidez, em entrevista a O Independente de 14-10, António-Pedro Vasconcelos, provavelmente o nosso realizador menos subsídio-dependente. Merece por isso 3 afonsos.
«Paulo Branco conseguiu moldar o sistema em seu próprio proveito. Tiro-lhe o chapéu. Só fez o que o deixaram fazer.»
«Se o mercado, funcionando livremente, não financiar o senhor Manoel de Oliveira, o Estado deve subsidiá-lo. É preferível que seja assim. Manter a farsa dos concursos é que não faz sentido.»
«Enquanto o senhor Manoel de Oliveira conseguir filmar, o Estado deve apoiá-lo, até porque é a maneira de Portugal entrar no "Guiness".»
«João César Monteiro não podia ter feito um filme preto pago com o dinheiro do Estado. Não podia ter concorrido a um financiamento dizendo que o filme ia custar 260 mil contos de forma a receber 130 mil.»
Infelizmente tenho que dar-lhe também 3 chateaubriands por se continuar a afundar no pântano dos «apoios», manifestando tão pouca fé no mercado, como pouca inclinação mostra o mercado pelos delírios senis do senhor Oliveira ou os devaneios onanistas do senhor Monteiro.
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