Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

03/09/2005

CASE STUDY: o paradigma socrático e as funções zingarilho

O paradigma
Como exemplo, entre centenas de outros, pode ler-se aqui no blogue pessoal do engenheiro Sócrates, pelas suas próprias palavras, a mensagem que ele achou que tinha passado na entrevista a Judite de Sousa no dia 01-02-2005:
«Penso que é importante que se diga que com o Governo do PS não é apenas de mudança de política que se fala. Vais mais além, trata-se de uma mudança de paradigma. É preciso acabar com o discurso do «choradinho» sobre o estado das coisas - discurso, aliás, que nos últimos anos muito contribuiu para a depressão da economia portuguesa (alguém se esquece do discurso da «tanga»?).
Verdadeiramente, é preciso reforçar a confiança dos portugueses no País e em si próprios. Na sua capacidade de fazer, já demonstrada em várias ocasiões. De estimular o crescimento e, com ele, do emprego e da qualidade de vida, nos seus mais diversos níveis.»
A mudança de paradigma












(Ver aqui os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, Julho de 2005)

Os indicadores de clima económico e confiança não pararam de piorar desde Março deste ano e atingiram os valores mais baixos desde Fevereiro do ano passado.

Trata-se, sem dúvida, dum exemplo de aplicação da segunda das funções zingarilho (patenteadas pelo Impertinências no Glossário): quanto mais, menos. É também um exemplo da incapacidade dos amantes do colectivismo de perceberem os limites da engenharia social.

Sem comentários: