Numa navegação de ontem pelos rios da bloguilha fui desaguar a um barnabé que se pergunta o que é que tem diferente dos outros?
Como o Impertinente tinha lá chegado para tentar perceber porque se inquietava a alma do barnabé com a renovação da assinatura do Economist , confesso que tive a premonição da sua diferença, quero dizer do que estava errado com o barnabé: um ser que se interrogava sobre a renovação - a re-novação, note-se - da sua assinatura da melhor revista de economia, finanças e etc.
Ainda admiti emprestar os 219,50 euros para a criatura renovar por dois anos, se fosse caso de falta de fundos. Mas não era. É uma falta de fundo.
Começa o barnabé por confessar-se vítima de deriva esquerdizante. A admissão da doença é às vezes o princípio da cura, pensei. Ao continuar, vi que estava enganado.
Trata-se de não aguentar mais a lenga-lenga beata sobre os mercados livres como a panaceia para todos os males, diz ele. Isto é escrito por um português, supõe-se, em Portugal, um dos países com maior aversão ao risco, aos mercados, à iniciativa privada ou pública, com uma devoção doentia pelo proteccionismo e pelo conforto do ventre acolhedor da vaca marsupial pública. Uma prosa destas é chover no molhado, como diz o povo.
Em troca, o barnabé propõe-se assinar o quê? Spectator, New Yorker, ou similares? Não era grande ideia, mas assim, como assim, antes fosse. Não. Pensa passar-se para assinante da Newsweek – a revista do Powell, de acordo com barnabé.
Por tudo isto, a parte má do Impertinente levou-o ao sítio do barnabé deixar lá uma pitada de veneno:
O seu é um caso de cegueira esquerdizante?
Para quem lê regularmente o Economist, o que escreveu é um insulto à inteligência.
Para não conhece o Economist é manipulação da ignorância.
Se algum dia o jornalismo português conseguisse criar uma revista assim, Portugal passaria directamente à divisão de honra.
Por estas e por outras, um dia destes vou começar a expôr, para quem não conhece o Economist, algumas pequeníssimas amostras das peças de jornalismo da melhor revista de economia, finanças e etc. – provavelmente.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário