Que é feito da «maior revolução que a floresta conheceu desde os tempos de D. Dinis» e da «Estrutura de Missão para Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais»?
Há sete anos ainda não tinham arrefecido as cinzas do incêndio de Pedrógão Grande, o Dr. Costa anunciava «este é o momento» de se fazer uma «profunda reforma florestal». Dois meses depois, o governo anunciava mais uma reforma da floresta e criava com grande pompa e circunstância uma Estrutura de Missão para o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais presidida pelo Engenheiro Florestal Tiago Martins Oliveira, apresentado como o mago das florestas, que criou a Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais. Cinco anos depois, o Eng. Oliveira, poucos dias antes do início da temporada de incêndios em exibição em todos os canais, veio dizer-nos que «o problema dos incêndios não passa pela existência de mais meios de combate, mas pela gestão da propriedade florestal». That’s it.
Talvez receando que lhe lembrassem a falhada maior revolução da floresta desde D. Dinis, o Dr. Pedro Nuno manifestou-se surpreendentemente compreensivo: «Não vamos fazer o que o PSD fez em 2017. Não estamos a pedir a cabeça de nenhum ministro, como aconteceu em 2017».
Too much of a good thing could be a bad thing
Os possuidores de mentes unidimensionais dividem-se entre os que a consideram a imigração uma coisa boa e os que a consideram uma coisa má, tal como em relação ao vinho tinto. Se falássemos do vinho tinto poderíamos dizer que se está a beber cada vez mais e em 2023 o Portugal dos Pequeninos apanhou uma bebedeira.
Expresso |
A bebedeira teve origem na alteração da lei da iniciativa socialista que permitiu aos cidadãos da CPLP titulares de vistos de curta duração ou que tenha entrado legalmente em Portugal requerer na AIMA autorização de residência, e permitiu a outros cidadãos «autorizações de residência para exercício de actividade profissional subordinada com dispensa de visto». O resultado foi a concessão em 2023 de mais de 320 mil vistos. Em cima desta imigração legal temos naturalmente a imigração ilegal que ninguém sabe quantificar. A famiglia socialista é muito unida e tem muito jeito para o negócio É frequente os profissionais que têm carreira quando enveredam pela política serem nomeados para cargos relacionados com essa carreira. No PS português o caminho é mais o inverso. Os políticos que tem uma carreira política quando saem do governo atravessam o deserto até ao próximo oásis montados num camelo que julgam ter apreendido a conduzir no seu cargo político. Foi o caso do Dr. Duarte Cordeiro, ex-ministro do Ambiente e Transição Climática, que lançou um negócio de consultoria sobre estratégias de sustentabilidade cujos putativos clientes suspeito virão do sector público. Mostrando uma visão de longo prazo, o Dr. Cordeiro convidou para sócio o Dr. Tiago Centeno um jovem de 28 anos que, por feliz coincidência, é filho do Dr. Centeno, o Ronaldo das Finanças, agora a estagiar no BdP para, espera ele, vir a morar em Belém, para o que continua a trabalhar a sua imagem de amigo do povo que no BdP combate os falcões do BCE. Escondido atrás da secretária O depoimento na comissão parlamentar de inquérito da secretária do Dr. Lacerda Sales arruinou a cortina de fumo do ex-SE da Saúde sobre a sua intervenção no caso das gémeas brasileiras a quem foi atribuída com urgência nacionalidade portuguesa, seguida da administração de um medicamento milionário, à custa de uma cunha do Dr. Rebelo de Sousa Filho, com a prestimosa colaboração do Dr. Lacerda Sales. |
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