Jornal Eco |
Para quem tenha dúvidas sobre o enorme disparate da peça com o título acima (que ao contrário do que é habitual até sintetiza bem o conteúdo da peça) remeto para o artigo "O Orçamento, a política e o jornalismo" de Helena Garrido de onde respigo o parágrafo seguinte:
«O Quadro Plurianual das Despesas Públicas nunca mereceu atenção mediática, apesar de todos os anos ser publicado. Este ano foi o centro das atenções, por várias razões. E como o Governo o enviou para o Parlamento atrasado e isolado e, dessa forma, para o espaço público, sem qualquer explicação ou contexto, de repente fomos confrontados com uma receita de impostos que atingia praticamente o valor do PIB que se pode prever para 2025. Era óbvio que isso não podia ser, o que não impediu que acabasse por ser essa a mensagem, com alguns títulos a apontar para um crescimento da receita de impostos da ordem dos 20% e até com a oposição a usar meias verdades para utilizar esse número.»
Sendo certo que o governo tem responsabilidades pela forma opaca como divulgou as Grandes Opções do Plano, a grande responsabilidade recai sobre o jornalismo tosco e profissionalmente incompetente que trata estes temas com um nível pouco diferente da ignorância e do primarismo que predominam nas redes sociais, ao mesmo tempo que se lamenta da concorrência destas.
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