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04/04/2024

SERVIÇO PÚBLICO: Uma obra de demolição de alguns dos mitos mais populares no Portugal dos Pequeninos (7)

Continuação de (1), (2), (3), (4), (5) e (6)

Outro post sobre os mitos cuja demolição considero mais importante, recordando que os factos que fundamentam a demolição foram amplamente estudados e documentados no livro de Nuno Palma (NP) e nas dezenas de trabalhos de investigação que publicou (cfr o seu Research output).

Um mito com estatuto especial nas mentes com enviesamento ideológico à esquerda (sim, também há enviesamento ideológico à direita) é que a Primeira República foi um regime salvífico a todos os títulos (apesar da instabilidade social e da violência política quotidiana que, por inegáveis, exigiam uma ginástica olímpica aos "republicanos" para as justificar como resultante da "oposição") e salvífico em particular no esforço e nos resultados da "instrução pública".

Se, por benignidade, aceitarmos como salvífico o esforço que consistiu em aumentar a escolaridade obrigatória de 3 para 5 anos, mesmo com a mesma benignidade não se podem considerar salvíficos os resultados. De facto, a aplicação dessa medida nunca passou do papel porque a propaganda secularista que a acompanhou e a forma como foi adoptada entrou em choque com a cultura religiosa dominante. 

Por isso, a população analfabeta que era de 70% em 1911 quando I República caiu em 1926 era ainda de 62%. Em contraponto ao regime republicano "iluminista", o regime "fascista" conseguiu reduzir o analfabetismo para 42% em 1950.

(Continua)

1 comentário:

Anónimo disse...

A propaganda e o pensamento único são inimigos da liberdade. Festejemos todos o 25 de abril de 74 o dia da libertação.....