«Resumindo, não é verdade que esta seja a maior crise da habitação que houve em Portugal, não é verdade que este seja um problema que afecta, de forma generalizada a população, e não é verdade que desequilibrando ainda mais as garantias para o lado dos inquilinos, deixando desprotegido o direito constitucional (e, já agora, direito consagrado na carta dos direitos humanos) à propriedade e seu usufruto, se contribua para um maior acesso à habitação por parte de quem procura casa agora.
Se percebo a irracionalidade de actuação de muitos dos que se sentem encurralados com a situação actual no sector da habitação (e há, e são muitos), não entendo de todo como é possível que o jornalismo esteja militantemente a evitar que os factos influenciem as ideias que todos os dias vendem sobre esta matéria.»
Estes são apenas os dois últimos parágrafos, à laia de teaser, que cito do post de ontem do Corta-Fitas, cuja leitura recomendo vivamente, onde Henrique Pereira dos Santos relata a sua experiência pessoal partilhada, aliás, por muitos de gerações próximas das dele.
É claro que existe um problema da habitação que consiste numa oferta insuficiente para a procura existente. O que não é claro que esse problema tenha as dimensões que lhe pretendem atribuir e que tenha as soluções que lhe pretendem aplicar.
2 comentários:
Artigo muito chato, com muita confusão e comparações sem sentido, e uma longa tentativa por parte do autor em justificar os seus traumas pessoais, e dos quais os Portugueses não têm culpa nem querem saber.
Vamos então ao que interessa, não existe falta de habitação no País como falsamente se sugere na comunicação social e redes sociais Portuguesas, e as rendas não sobem nem baixam por causa disso.
Os preços dos arrendamentos de imóveis construídos para habitação e outros também não sobem por causa do “aumento da procura” ou do “mercado de arrendamento” (que nem sequer existe), nem por causa da inflação, é mentira, nem tão pouco por causa dos Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal mas sim devido à chamada “lei das rendas” que liberalizou e desregulou as rendas dos imóveis fazendo com que estas atinjam valores que não correspondem à realidade, o objectivo, é tornar impossível o arrendamento permitindo assim aos proprietários criminosos de imóveis construídos para habitação colocá-los na modalidade de alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, o que é, realce-se, proibido por Lei.
Para resolver a crise na habitação, basta revogar a chamada “lei das rendas” criada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, e fazer cumprir a Lei que determina que os imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração, e assim acaba-se com o esquema.
Continuamos à espera que o Sr. (Im)Pertinente nos explique porque é que há um problema de oferta de habitação em Portugal e qual é a solução para o resolver. Foi o Sr. (Im)Pertinente que prometeu!
Quanto ao artigo hiperligado, trata-se de uma experiência pessoal, logo anedótica. Seria necessário quantificar quantos inquilinos é que, de facto, correspondem às situações que ele descreveu. Sempre houve gente a pagar menos renda do que devia. É assim praticamente desde o 25 de Abril.
A questão é sabermos se esse fenómeno adquiriu mesmo a dimensão que o autor lhe quis atribuir, sobretudo na última década.
Já agora, os seus amigalhaços do Instituto Mais Liberdade publicaram um livrinho onde dizem desmontar vários mitos sobre a crise da habitação. Como eu não quero dar dinheiro a esses... hã... cavalheiros - e nem sequer acredito que tenham desmontado o que quer que seja - sugiro ao Sr. (Im)Pertinente que use o livrinho como fonte de inspiração e depois nos diga qualquer coisa. Não tem de quê! :)
https://observador.pt/especiais/pre-publicacao-desmontar-falacias-encontrar-respostas-e-apresentar-solucoes-sobre-a-crise-na-habitacao/
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