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01/10/2023

Os imigrantes fazem os trabalhos que os portugueses não querem fazer e têm os filhos que os portugueses não querem ter

Os estrangeiros residentes são apenas cerca de 800 mil, isto é cerca de 7,6% dos 10,5 milhões de residentes. No entanto, do total de cerca de 190 mil matrículas no ano lectivo que agora começou, no ensino pré-escolar e 1º ciclo cerca de 30 mil ou 16% são de crianças estrangeiras, das quais as 10 nacionalidades mais representativas são:

Fonte

Por muito que isso exacerbe o nacionalismo paranóico, o certo é que estas crianças contribuem para retardar o envelhecimento inexorável e os pais delas contribuem para completar uma mão-de-obra com uma pletora de graduados em generalidades, com pouca iniciativa e fracas qualificações profissionais, e fazem o que tem de ser feito e que os nacionais não estão disponíveis para fazer. 

É claro que reconhecer a necessidade da imigração não significa preconizar a imigração irrestrita, nem mesmo avalizar a irresponsabilidade dos governos socialistas. As instituições devem ser capazes de definir regras de admissão e integração dos imigrantes que reúnam o suporte maioritário dos residentes, que são afinal os anfitriões, regras que não podem ser as ditadas por lunatismos extremistas opostos que se alimentam reciprocamente e representam uma pequena minoria dos eleitores, nem por demagogos que manipulam os preconceitos tribais em seu benefício.

3 comentários:

Figueiredo disse...

«...Os imigrantes fazem os trabalhos que os portugueses não querem fazer e têm os filhos que os portugueses não querem ter...»

Você está a mentir, os Portugueses querem trabalhar mas negam-lhes o direito ao trabalho.

Como é que você quer os Portugueses aumentem a taxa de natalidade do seu País, constituam Família, e promovam o desenvolvimento da economia, se os Governos liberais/maçónicos do ex-Primeiro-Ministro, Pedro Coelho, e do Sr.º Primeiro-Ministro, António Costa, negam-lhes o direito ao trabalho, fomentam o desemprego, a instabilidade laboral, o aumento do valor dos arrendamentos de forma ilegal, e promovem a emigração de Estrangeiros?

Post-Scriptum: Escreve-se «emigrantes» e não «imigrantes».

Afonso de Portugal disse...

Já agora, o Sr. (Im)Pertinente deve estar o corrente que a Comissão Europeia abriu um processo contra Portugal por entender que a autorização de residência dada por Portugal aos cidadãos da CPLP, bem como os vistos de procura de trabalho concedidos aos mesmos cidadãos, não estão em conformidade com as regras europeias.

https://www.dn.pt/sociedade/ue-abre-processo-contra-vistos-cplp-em-portugal-17096480.html
https://www.dn.pt/politica/marcelo-rejeita-que-vistos-cplp-sejam-incompativeis-com-ue-17099941.html

O Sr. (Im)Pertinente acha isto normal??? Acha mesmo que isto não é deliberado por parte do PS e do PSD e, já agora, da sua IL, que nunca esboçou qualquer oposição às políticas de imigração do (des)governo xuxalista???

Isto chega a ser criminoso! Espero sinceramente que a CE puna Portugal exemplarmente!

O Espartano disse...

Quando se diz que os estrangeiros residentes são "apenas" 800 mil, depende do que se considera estrangeiro. Neste caso, são aqueles que ainda não quiseram (ou não puderam) adquirir a nacionalidade portuguesa. Se o critério, em vez de atribuir a nacionalidade portuguesa ao desbarato, fosse o "jus sanguinis" (só é português quem for filho de portugueses), os 800 mil disparavam para um número avassalador.
Basta pensar que, segundo a Pordata, entre 2008 e 2022 naturalizaram-se 25 mil estrangeiros ao ano (É como se "abrisse" uma cidade como Viana do Castelo todos os anos). Que, durante esses mesmos anos, nasceram cerca de 10 mil crianças de mãe estrangeira ao ano (e estes são logo "portugueses"). E que os números expressivos na imigração não começaram em 2008, mas desde os anos 90.
Para comprová-lo basta andar na rua. A propósito, já repararam que, quando há greves de transportes e a TV faz reportagens e entrevistas, a maioria das pessoas registadas não são europeus, nem falam português europeu?